Em 2015 o ex- secretário de educação, José Arrigo solicitou paciência por parte dos pais que aguardam até hoje por providências
A comunidade em geral, que depende da unidade escolar na área rural, clama desesperadamente por providências na estrutura da escola municipal. Na verdade, alunos, professores, servidores, pais e demais interessados aguardam incansavelmente por uma escola nova.
A Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental Progresso, localizada na área rural, a cerca de uns 35 km de Vilhena, sentido cidade de Colorado do Oeste, no setor do Perobal está há mais de 17 anos aguardando a construção de um novo prédio. Promessa feita por diversas autoridades, inclusive, pelo atual mandatário José Luiz Rover.
Durante o ano de 2015, o jornal Folha de Vilhena divulgou diversas matérias, onde pais denunciavam o tamanho descaso da administração com a escola. Imagens e relatos onde eram questionadas soluções e respostas. Ainda na época o ex-secretário de educação José Arrigo informou que o processo já estaria na CPL e o dinheiro também estaria na conta, solicitando “um pouco mais de paciência” por parte da comunidade.
Paciência esta que vem sendo trabalhada diariamente por toda aquela comunidade. Com a estrutura completamente destruída, uma mãe, entrou em contato esta semana com este meio de comunicação, informando que a situação já está passando dos limites.
Através de uma imagem enviada ela diz: “Olha no chão. O cheiro para a respiração dos alunos é insuportável. Estão colocando em risco a saúde das nossas crianças”, informando que devido aos dias chuvosos, o local encontra-se completamente com odor forte de mofo, devido à sala de aula ser pequena e sem ventilação.
A mãe questiona que a denúncia já foi levada ao Ministério Público, porém, até o momento nada foi feito. Desde a entrada da escola até os banheiros, tudo ali é muito precário. Portas caindo, paredes com buracos, banheiros em péssimas condições. Além dos riscos que as crianças sofrem com animais silvestres e peçonhentos que hora ou outra procuram abrigo dentro das salas de aula, entrando pelas brechas e buracos das paredes, “paredes com madeiras podres já”, reclamou.
“É desumano, a lama entra juntamente com a água da chuva, o cheiro fica insuportável. Cheiro de tábuas podres, mofo, ácaros. O ambiente é simplesmente desmotivador”, desabafa a denunciante.
A escola Progresso atende desde o pré-escolar até o 9º ano do ensino fundamental, com crianças a partir de quatro anos. Porém, três salas são cedidas à Escola Estadual Machado de Assis que atendem aos alunos do Ensino Médio, do 1º ao 3º ano.
A mãe ainda informa que no dia 24 de março, a escola recebeu a visita de um engenheiro que esteve estudando a possibilidade de se trocar o telhado. “Não precisamos de telhado novo, precisamos de uma escola nova. As paredes estão quase caindo, precisamos de olhos humanos, não olhar de político com interesses próprios”, desabafou.
O impasse também envolve a questão do transporte escolar, onde pais são proibidos de pegarem carona e irem até a escola para acompanharem rendimentos, reuniões e reinvindicações. “Eu ainda tenho condição de ir até a escola, mas e os pais que moram quilômetros de distância? Fora que o transporte é uma lata velha, está sem freio de mão, fede queimado, quando desce a ladeira da serra. Em alguns casos, tem ônibus que não estão passando em alguns pontos porque as estradas estão em péssimas condições” finalizou a mãe, que em nome de todos os pais, clama por atenção, por socorro.
O colégio conta hoje com 30 servidores, que inclusive, alguns deles já foram alunos da escola e revelam que desde aquela época escutam promessas e mais promessas de que em breve receberão uma nova estrutura. No ano de 2010, o prefeito José Rover esteve participando de uma reunião com os pais, onde realizou promessas de construir uma nova escola, solicitando que os pais colocassem em um papel, quais eram as principais necessidades da escola que tudo seria analisado e logo mais efetivado. Mas, seis anos se passaram e até hoje, alunos, professores, servidores e pais sofrem com o descaso da administração.
Texto: Jesica Labajos
Fotos: Denuncia