O município de Corumbiara, localizado no Cone Sul do estado de Rondônia está em festa neste sábado, 13 de fevereiro, quando comemora seus 24 anos de Emancipação Política Administrativa do município.
História da Cidade:
Corumbiara originou do NUAR Nova Esperança, integrante do Projeto de Colonização Paulo de Assis Ribeiro / INCRA. Tornando-se destacado núcleo agropecuário, com expressivo desenvolvimento sócio-econômico, foi elevado a município pela Lei n.º 377, de 13 de fevereiro de 1992, com a denominação de Corumbiara em homenagem a esse importante rio afluente da margem direita do rio Guaporé.
Teve em seus 24 anos de existência, reconhecimento internacional, destacando –se negativamente com o chamado “massacre de Corumbiara”. O massacre foi o resultado de um conflito violento ocorrido em 9 de agosto de 1995. O conflito começou quando policiais entraram em confronto com camponeses sem-terra que estavam ocupando uma área, resultando na morte de 12 pessoas, entre elas uma criança de nove anos e dois policiais.
Positivamente, Corumbiara levou o município a grande reconhecimento com plantio de urucum, onde Corumbiara sagrou-se por vários anos consecutivos, o maior produtor do Brasil. Hoje, devido a uma doença, o plantio teve uma baixa na produtividade, contudo, ainda tem índices elevados de produção. Técnicos vêm trabalhando para eliminar a doença e fazer a produção voltar aos níveis anteriores.
Não podemos esquecer que o nome de origem indígena fez jus. O diretor de cinema Vicent Carelli, produziu um filme a partir da história de massacre indígena ocorrido, quando ainda estas terras pertenciam ao município de Colorado do Oeste. A SINOPSE do filme fala que: Leiloada durante o governo militar, a gleba Corumbiara, no sul de Rondônia, é o cenário, em 1985, de um massacre de índios isolados. Apesar dos visíveis sinais da tentativa de apagar as evidências de sua existência, filmadas pelo documentarista Vincent Carelli, e das denúncias do indigenista da FUNAI Marcelo Santos, o caso é esquecido. Dez anos depois, o encontro de dois índios desconhecidos numa fazenda oferece a primeira oportunidade a Santos e Carelli de retomar o fio desta história, que registra muitas lacunas, mas revela aos poucos os inequívocos sinais da continuidade dos crimes contra os povos indígenas, num processo de selvagem apropriação da terra na Amazônia.
Corumbiara na pecuária e agricultura sempre teve grande destaque. A primeira é feita em grande e escala por grandes latifúndios cujas propriedades atingem milhares de equitares. A segunda tem dois eixos. A agricultura de subsistência, feita pelos pequenos produtores rurais, cujos mantém também o cultivo do urucum e a produção de leite. O outro eixo vem tendo maior êxito nos últimos oito anos. A agricultura mecanizada em grande escala, vem alastrando-se no chão desse lugar, inclusive ocupando lugar de muitas pastagens. Hoje, esta atividade é muito grande e vêm crescendo cada vez mais, principalmente depois da chegada do asfalto.
Na área urbana, apesar de Corumbiara ser pequena, sofreu importantes mudanças nos últimos nove anos. O pequeno número de comércios dos anos anteriores deu lugar a vários estabelecimentos comerciais na atualidade. O que tem dado oportunidade de emprego a bastante gente desse lugar.
O funcionalismo público, ainda contribui com a maior parcela de emprego, e mesmo sem faculdades regulares locais, o número de pessoas formadas subiu bastante, o que contribui para um intelectualismo condizente com a localidade.
No aniversário de 24 anos, Corumbiara busca seu espaço e tem conseguido muitas melhorias para seus munícipes. Se continuar assim, mesmo sendo uma cidade pequena, tem tudo para manter seus moradores firmes neste pequeno lugar.
Texto: Folha de Vilhena
Com dados do site: News Rondônia