Serão incluídas no Livro de Tombo Histórico as estações telegráficas dos municípios de Ji-Paraná e Vilhena em Rondônia
O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em Brasília, aprovou no dia 25 de novembro por unanimidade o tombamento dos prédios das estações telegráficas, construídas pela Comissão Estratégica de Linhas Telegráficas de Cuiabá a Porto Velho (Comissão Rondon), em Vilhena e Ji-Paraná/Rondônia.
Assim as estações telegráficas de Vilhena e Ji-Paraná (RO) recebem o título de Patrimônio Cultural Material do Brasil.
As duas estações foram construídas entre 1892 e 1915, sendo consideradas testemunhas concretas de uma política específica de integração nacional, comandado por Cândido Mariano da Silva Rondon, responsável pela construção de linha telegráfica estratégica entre Mato Grosso e Amazonas.
Implantadas com recursos públicos, a estação de Ji-Paraná foi repassada à guarda municipal, tornou-se o Museu das Comunicações Marechal Rondon e tem em seu acervo peças que fazem parte da história da construção da linha e posto telegráfico da estrada Madeira Mamoré.
O Posto Telegráfico de Vilhena deu origem à ao município, e durante quase 50 anos foi o registo da passagem de pessoas pela região. Em 1988, a estação foi transformada no Museu Marechal Cândido Rondon, popularmente conhecido como Casa de Rondon. Hoje a estação está em poder da União, por estar situada em área militar.
A decisão do IPHAN vem para fomentar o itinerário turístico de Rondônia. No universo da cultura, o museu assume funções as mais diversas e envolventes. Uma vontade de memória seduz as pessoas e as conduz à procura de registros antigos e novos, levando-as ao campo dos museus, no qual as portas se abrem sempre mais. A museologia é hoje compartilhada como uma prática a serviço da vida.
O Instituto Rondoniense de Pesquisa e Estatística – IRPE avaliou quantitativamente o público do museu, levantando a quantidade e o perfil dos visitantes do Museu das Comunicações de Ji-Paraná/RO, nos anos de 2012 a 2014. Percebe-se, pelos dados, que o número de visitantes aumenta a cada ano.
Os dados foram colhidos pela diretora do Museu de Comunicação Maricelma Chaves junto aos visitantes nos últimos três anos.
Fonte: Revista Enquete
Tuannhy Rozeira Haverroth
Jornalista MTE 1320/RO