O presidente da Câmara de Vilhena, Junior Donadon (sem partido), justificou o voto contrário ao relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que requeria a inocência do prefeito José Luiz Rover (PP).
Ao usar a tribuna da Casa de Leis, na sessão extraordinária desta quinta-feira, 19, Junior Donadon iniciou sua justificativa dizendo que não estava julgando pessoas e que seu voto era meramente técnico.
Após analisar o relatório apresentado pela comissão criada no Legislativo, o vereador disse que houve dolo, negligência e que o prefeito infringiu um dos princípios da administração pública: a eficiência. “O descumprimento deste item já é crime. Houve desvio de finalidade na construção da Maternidade Infantil. E a lei está aí para evitar que fatos semelhantes gerem jurisprudências. As leis são colocadas pela Constituição Federal e é um norteador das ações do gestor. O desvio de finalidade ocorreu”, ponderou Junior Donadon, que é advogado e Procurador de carreira do Município.
A falta de gerência administrativa na prefeitura de Vilhena também foi comentada pelo parlamentar. “Meu voto também se justifica em fase da sequência de erros da administração pública. Isto está ficando insustentável; há uma notória falta de governabilidade, provocando prejuízos e damos à administração pública municipal. A minha decisão é a favor da população e para que a governabilidade se estabeleça”, frisou.
Junior Donadon ratificou que seu voto contrário ao relatório é meramente técnico, e que houve falta de fidelidade, por parte do prefeito, com o recurso federal proveniente para construção da obra. “Esse dinheiro saiu de um lugar para corrigir outro. Isto possibilitou ingerências políticas em outras áreas, notadamente na Saúde e Educação, setores que vivem em caos no município”, encerrou. Na sessão, o prefeito foi inocentado por 6 votos a 4.
Assessoria