Com a confecção de cartazes e produção de mensagens grevistas, alunos do Instituto Federal de Rondônia (Ifro) em Vilhena (RO), cidade do Cone Sul, manifestaram apoio à greve dos servidores da instituição iniciada na segunda-feira (17). O ato de apoio foi realizado nesta quinta-feira (20). Cerca de 60 alunos fazem parte do movimento, que também reivindica melhorias para o campus local.
Além de ficarem em frente à instituição com cartazes e faixas, os alunos promoveram um ato político interno, com reunião dos estudantes, onde foram repassadas as pautas de reivindicações do comando de greve e informanções sobre o movimento estudantil. Segundo a líder do movimento estudantil do Ifro em Vilhena, Ana Carolina Memoria, 17 anos, parte dos alunos que estão apoiando os funcionários paralisados não esta frequentando as aulas.
“Queremos mostrar para os alunos a voz que eles têm e isso é comum em grandes universidades, de se fazer greve estudantil. Estamos apoiando os servidores e estamos decididos a não entrar em sala de aula enquanto nossos pedidos não forem aceitos”, ressaltou a jovem, que informou ainda que a instituição possui um código discente impedindo a mobilização. Segundo ela, essa é uma das mudanças exigidas pelos estudantes.
Um cronograma especial, com aulas dos professores que não aderiram à grave, foi montado pela instituição para atender os alunos. Segundo o diretor do campus, Renato Delmonico, a diretoria se reunirá para avaliar a manutenção ou não do calendário acadêmico adotado após o início da greve, baseado na adesão de estudantes no movimento grevista.
“No ensino médio eles estão começando a se organizar, uns querem apoiar, então eles estão se articulando, mas como são menores de idade, eles tem que entender que pelo código de conduta do instituto e pelo Eca a gente tem manter essa organização. Se o aluno veio para a escola ele tem vir para a aula”, finaliza.
A greve
Inciada na segunda-feira (17), o movimento grevista do Ifro de Vilhena já atinge cerca de 70% dos funcionários, entre técnicos e professores. Uma das principais pautas de reivindicação da categoria e o reajuste salarial de 27,3%.
G1
