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Construído há 10 meses, posto de saúde de R$ 500 mil não foi entregue


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Segundo moradores, prefeitura não informa sobre o funcionamento (Foto: Dennis Weber/ G1)

Obra do Setor 12 de Vilhena terminou em outubro de 2014.
Moradores da região cobram inauguração do local e relatam descaso.

Um posto de saúde de R$ 500 mil construído há dez meses em Vilhena (RO), no Cone Sul do estado, ainda não foi inaugurado pela poder executivo. Por não estar fazendo atendimento no local, moradores dos Setores 12 e 13, Bairro Ipê e Setor Chacareiro reclamam do descaso, já que quando ficam doentes precisam ir até um posto que fica a cerca de quatro quilômetros de onde moram.

Segundo Claudino Pinheiro, morador do Setor 6 há 8 anos, a administração municipal não comunicou aos moradores sobre o porquê do posto não estar funcionando. “Estamos precisando do posto, porque o mais próximo é longe e o povo está perecendo. Nós aqui também não temos um agente de saúde, ninguém passa para medir uma pressão. Já reivindicamos há mais de quatro anos e nada”, reivindica.

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Na região, conforme relatam os moradores, também não há agentes de saúde. Localizado no Setor 12, o posto de saúde começou a ser construído em abril de 2014. Ao todo, foram investidos R$ 509.950,02.

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Uma das famílias afetadas pela falta de um posto próximo à residência é a de Ivonete do Carmo. Com mãe e irmão dependendo de tratamento, ela conta que precisa ir até o posto de saúde João Luiz, no centro de Vilhena, para conseguir atendimento.

“Minha mãe é cardíaca, está com o coração muito inchado e a gente precisa de um posto perto de casa, de agente de saúde no bairro, porque ela é hipertensa, meu irmão é esquizofrênico e tudo tem que ficar correndo atrás de médico no postinho para marcar consulta. Às vezes tem dificuldades para pegar receita. Para levar lá tem que pagar táxi”, desabafa Ivonete, acrescentando que gasta R$ 50 a cada ida ao posto de saúde.

Outra prejudicada com a falta de um posto mais próximo de casa é a cabeleireira Maria do Carmo. Ela afirma que se houvesse acompanhamento de uma agente de saúde nos bairros e o posto de saúde, um idoso que ela ajudava a cuidar não teria falecido.

“Era como um pai para mim e teve um infarto, porque ele já tinha problema na coluna também e com a falta de atendimento veio a óbito. O bairro está abandonado, não é porque é de difícil acesso que as pessoas vão deixar de procurar a assistência. Antigamente, quando eu iniciei aqui, há nove anos, tinha um agente comunitário que vinha pesar as crianças e hoje em dia não vem”, afirma.

O G1 tentou entrar em contato com a secretaria de saúde municipal, mas até o fechamento da reportagem não obteve retorno.

Fonte: G1/RO

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