O vereador Junior Donadon, presidente da Câmara Municipal, se pronunciou as respeito da operação “Stigma”, deflagrada pela Polícia Federal (PF) que investiga suspeita de atos de corrupção na administração municipal de Vilhena.
Ao utilizar a tribuna da Casa de Leis, em sessão ordinária realizada nesta terça-feira, 11, Junior Donadon explicou que a operação da PF iniciou quando a Casa de Leis estava em recesso e que nesses primeiros dias do reinício das atividades há poucas informações oficiais sobre os fatos.
O vereador afirmou que a assessoria jurídica da Casa de Leis foi acionada e solicitou à PF cópia do inquérito que prendeu provisoriamente um empresário e um servidor público municipal. Porém, não foi possível obter informações porque o caso corre em sigilo. “A PF, ainda, não vai revelar exatamente o que está acontecendo. Assim sendo, o Legislativo vai aguardar a PF concluir as investigações, já que podem ocorrer mais prisões”, ponderou.
Junior Donadon explicou que muitas das denúncias investigadas pela PF foram objetos de debates e discussões no parlamento local. Ele citou o caso da drenagem, denunciado pelo vereador há três anos. “Lembro que chamei a obra de ‘buraquinho’, e foi o jornalista Afonso Locks que deu destaque ao assunto no seu jornal. Já foram liberados milhões, mas a obra continua inconclusa”, disse.
Junior Donadon também citou o caso do Transporte Público Escolar, denunciado por ele e que foi amplamente debatido na Casa de Leis, o que originou inquérito civil no Ministério Público. A questão, segundo o vereador, também seria objeto de investigação da PF.
O presidente do Poder Legislativo também citou o caso da precariedade das escolas públicas municipais e os problemas na merenda escolar.
Com relação a estes dois últimos assuntos, a vereadora Valdete Savaris, por pertencer ao quadro educativo do município, acompanhou o drama mais de perto. Em aparte, a vereadora citou o caso de uma máquina da prefeitura fazendo serviço particular no distrito de Nova Conquista. “Estou de cabeça erguida, porque cumpro meu papel de fiscalizadora do bem público. Todas as denúncias desta Casa de Leis foram banalizadas e até desconsideradas, sendo motivo de chacota. Mas agora a verdade está aí”, analisou.
Junior Donadon encerrou a questão dizendo que “vamos aguardar as investigações do processo que é permeado pelo direito da ampla defesa ao contraditório”.
Texto: Assessoria
Fotos: Sara Labajos