“O homem fecha uma porta, mas Deus pode abrir 2, 3 ou mais se tivermos fé”, disse o presidente ao falar sobre o fechamento da empresa Marfrig
Após a realização de diversas reuniões entre representantes do frigorífico e lideranças políticas, foi decidido nesta segunda-feira, 20 de julho, no Ministério do Trabalho, em Vilhena, o fechamento do frigorífico Marfrig, em Chupinguaia.
A decisão foi tomada em consideração aos prejuízos que a empresa tem gerado ao grupo desde o ano de 2011.
De acordo com uma das funcionárias do Marfrig e moradora do município de Chupinguaia, R.M, os funcionários receberam férias coletivas no dia 13 deste mês de julho e ao término das férias, em 03 de agosto, haverá então demissão em massa, anunciado pela empresa. Ainda segundo a funcionária, cerca de 20 funcionários estão sendo mantidos para a limpeza e manutenção do prédio.
Segundo informações, os representantes do frigorífico ofertaram também cerca de 100 vagas de emprego aos trabalhadores que tenham interesse de trabalhar em Rolim de Moura (RO), Paranatinga (MT), Tangará da Serra (MT) e em Tucumã (PA).
A funcionária R.M diz que para ela não seria viável aceitar uma vaga em qualquer uma dessas localidades, já que sua família também mora no município de Chupinguaia e estão instalados ali.
Em conversa com Cleimilton Machado, presidente da Associação Comercial de Chupinguaia – ACICH, diz que o fechamento do frigorífico é uma grande perda para a cidade, pois cerca de 30% dos recursos que circulavam pelo município vinha da Marfrig.
Tom, como é conhecido na região, afirma que apesar do grande número de empregos gerados, o frigorífico não sustenta a cidade sozinho, já que há diversos empreendimentos no município, além de fazendas e a própria Prefeitura Municipal.
“Muito antes de o frigorífico chegar, a cidade caminhava muito bem. Será uma grande lástima, mas não é o fim”, disse o presidente.
Segundo Tom, o comércio vai se sustentar, pois a grande maioria dos funcionários do Marfrig são de outros municípios e estavam em Chupinguaia apenas pela vaga de emprego. Afirmando que é de extrema importância que a população apoie o comércio local, “não é porque o frigorífico fechou que a cidade vai entrar em crise”, enfatizou.
Cerca de 90% do comércio da cidade é associado à ACICH, e segundo Tom, o comércio de Chupinguaia é forte, legalizado e ativo dentro do município. “Com a união dos moradores e comerciantes será possível vencer essa crise, juntos somos mais fortes”, declarou.
Tom diz que esta é a hora da população ajudar o comércio local, investindo ali e deixando de comprar nas cidades vizinhas, para que assim possam fomentar o comércio da região, afastando qualquer chance de uma possível crise se instalar.
Texto: Sabrina Mathias