Entrou em vigor nesta quarta-feira (1º) a proibição da venda das lâmpadas incandescentes de 60 watts (W). Em 2014, o Brasil já tinha deixado de produzir e vender as incandescentes entre 61 e 100 W. Na sequência, foi a vez das incandescentes de 60W, que foram produzidas e importadas até junho de 2014 e vendidas no prazo que expira hoje.
A decisão faz parte do Plano Nacional de Eficiência Energética, cuja meta é reduzir o consumo de energia em 10% até 2030. O Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) estima que a troca de todas as incandescentes gere uma economia de cerca de 2,2 bilhões de kWh por ano.
A Tribuna visitou algumas lojas de iluminação em Santos e apurou que a maioria delas já não possuía o artigo nos estoques. “Faz tempo que não comprava, até porque a determinação do governo veio após o mercado se adaptar, com novos produtos, mais econômicos”, explica Felipe Ruffo, gerente de uma loja na Vila Mathias.
As opções
Com mais de um século de idade, as lâmpadas incandescentes não mudaram muito desde quando foram criadas por Thomas Edison. Uma corrente elétrica passa por um filamento de tungstênio (fiozinho de dentro da lâmpada), aquecendo os átomos que o compõem e gerando luz como consequência.
A questão é que apenas 5% da energia gerada é convertida em luz. Os 95% restantes são transformados em calor, o que explica o grande desperdício que geram. Em média, são mil horas de vida útil, uma durabilidade considerada baixa por conta do rápido desgaste do filamento de tungstênio.
Uma das opções é a lâmpada fluorescente. Nela, a corrente elétrica emite radiação ultravioleta ao passar por uma mistura de gases (argônio e vapor de mercúrio). Para se ter uma ideia, uma incandescente de 60W de potência pode ser substituída sem prejuízos por uma fluorescente de apenas 15W, o que representa uma economia de 75% na conta.
Outra alternativa é a lâmpada de LED. Ela funciona com diodos emissores de luz. Ao receber energia elétrica, emite luz, perdendo bem menos calor do que a lâmpada incandescente. O mercado ainda dá os primeiros passos no Brasil, por conta do preço, ainda é considerado elevado.
Mas as perspectivas são de que esse modelo se popularize e substitua as fluorescentes daqui a alguns anos, pois uma lâmpada de LED chega a durar até 50 vezes mais que uma lâmpada incandescente, além de implicar uma economia entre 70% e 80% na conta.
Fonte: A Tribuna