Durante o ato público realizado pelos membros do Poder Judiciário no Plenário do Fórum, em Vilhena, na manhã da última quarta-feira, 06, a reportagem da Folha de Vilhena entrevistou o Promotor de Justiça, João Paulo Lopes que trabalha na área criminal e nos julgamentos do Tribunal do Júri. Durante a conversa, o Promotor avaliou os diversos acontecimentos quando à criminalidade no município de Vilhena e região.
O primeiro ponto tratado com o Promotor foi o atentado contra outro membro do MP, o Promotor de Justiça em Pimenta Bueno, André Luiz Rocha de Almeida e sua esposa a Juíza de Direito, Keila Alessandra Rocha de Almeida. Conforme João Paulo, a notícia do atentado foi recebido pelo Poder Judiciário com bastante resignação, já que um ato desse tipo merece ser totalmente repudiado. “Recebemos a informação do atentado pelos meios de comunicação e ainda não temos detalhes exatos de quais seriam os motivos que levaram aquele crime, hoje existem várias autoridades envolvidas na investigação e inclusive já estão sendo tomadas todas as providências cabíveis para desvendar o mais rápido esse crime”, diz.
O Promotor também comentou que os crimes estão cada vez mais organizados e devido a isso, os órgãos estatais estão cada vez mais melhorando para assim punir este tipo de violência. Ele, também mencionou que já existiram vários casos de intimidação com membros do Poder Judiciário, mas eles nunca tinham chegado a tamanha proporcionalidade, fazendo referência a um Promotor de justiça que teve seu veículo atingido com disparos de arma de fogo.
O segundo assunto abordado com o Promotor foi ao alto índice de criminalidade em Vilhena, conforme ele, a polícia civil está investigando todos os crimes cometidos na cidade, e em alguns casos a PC em pouco tempo já chegou aos responsáveis, ou seja, conseguiu-se um incide de identificação muito grande, permitindo assim a condenação dos mesmos.
A maioria dos crimes cometidos na cidade, segundo o Promotor são pela comercialização de drogas, já que elas entram muito fáceis ao Estado, ocasionando quase 90% dos homicídios na cidade.
O terceiro e último assunto foi com relação às sessões do Tribunal do Júri que aconteceram no mês de abril, e onde o Promotor João Paulo participou na parte acusatória. Dos dez julgamentos realizados, houve oito condenações, uma absolvição e uma desclassificação para lesões corporais, chegando-se à conclusão de modo geral que a sociedade deu sua resposta e que os mesmos reprovam qualquer ato de violência.
Texto e foto: Sara Labajos
