Oficina capacita 50 alunos na criação de documentários, destacando a cultura e o meio ambiente da Amazônia.
A Escola Livre de Arte e Cultura Diversidade Amazônica está promovendo, entre março e abril de 2025, a oficina “Vídeo Amazônico: Contando Histórias da Floresta”. A iniciativa oferece uma oportunidade única para capacitar alunos na produção de documentários audiovisuais, com foco na valorização da cultura e na preservação ambiental da Amazônia.
Segundo a coordenadora da Escola Livre Diversidade Amazônica, Andréia Machado, a oficina atenderá 50 alunos, sendo 25 de Vilhena e 25 da Comunidade Quilombola de Santa Cruz, em Pimenteiras do Oeste, Rondônia. Com 20 horas de duração, as aulas incluem conteúdos teóricos e práticos, garantindo aos participantes certificação ao final do curso. A oficina contará com interpretação em Libras e linguagem acessível.
“Nosso objetivo é ensinar todas as etapas da produção de um vídeo documentário, desde a concepção da ideia até a edição final. Queremos que os participantes explorem e registrem aspectos culturais e ambientais da região, valorizando suas histórias e identidades. Além de fornecer ferramentas técnicas, buscamos incentivar a preservação da identidade quilombola e das tradições amazônicas”, destaca Andréia Machado.
A ação integra o projeto da Escola Livre de Arte e Cultura Diversidade Amazônica, selecionado pelo Edital Escolas Livres de Formação em Arte e Cultura – Programa Olhos d’Água, do Ministério da Cultura. A iniciativa visa oferecer formação prática e teórica em diversas linguagens artísticas, incluindo grafite, e será realizada em escolas públicas e associações, ampliando o acesso à educação cultural em Vilhena e na Comunidade Quilombola de Santa Cruz.
A oficina será ministrada por Washington Kuipers, fotógrafo e produtor audiovisual premiado, figura renomada no cenário cultural e artístico de Rondônia. Ele destaca a importância do curso para os participantes:
“Mais do que ensinar técnicas audiovisuais, queremos estimular um olhar sensível e crítico sobre a realidade local. A produção de documentários é uma ferramenta poderosa para contar histórias, e os alunos terão a oportunidade de dar voz às suas comunidades e experiências”, afirma Kuipers.
Com uma trajetória marcada pelo compromisso com a valorização da cultura amazônica desde 2009, Kuipers é conhecido por projetos como o vídeo documentário “Narrativas Quilombolas” e a exposição “Memórias de Vilhena”. Seus prêmios e reconhecimentos evidenciam sua dedicação à promoção da diversidade cultural na região.
A oficina busca democratizar o acesso ao conhecimento audiovisual, proporcionando aos alunos uma experiência educativa imersiva que pode abrir portas para novas oportunidades no setor cultural e criativo. Com um enfoque prático, os participantes serão capacitados a documentar suas próprias histórias e fortalecer a memória e identidade coletiva da região.
A Escola Livre de Arte e Cultura Diversidade Amazônica é coordenada pela Associação Cultural Diversidade Amazônica (ACEMDA) e faz parte da Rede Nacional de Escolas Livres, uma iniciativa do Ministério da Cultura por meio da Secretaria de Formação, Livro e Leitura (Sefli). A rede reúne 68 organizações da sociedade civil, promovendo diversas expressões artísticas e culturais em todo o Brasil.
Texto : Assessoria
Foto: Divulgação