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O Banco Central (BC) se prepara para lançar uma nova função do Pix que permitirá pagamentos por aproximação. A previsão é que o Pix por aproximação entre em vigor em todo o Brasil em 28 de fevereiro.
Em vigor no Brasil desde novembro de 2020, o Pix é o sistema de pagamentos contínuo e em tempo real do BC. Segundo a autoridade monetária, a ideia é reduzir as etapas nos pagamentos on-line.
Outro lançamento do Pix em 2025
- O Pix automático, ainda em desenvolvimento, está previsto ser lançado em 16 de junho.
- A partir do Pix automático será possível otimizar as cobranças de vários serviços, com a realização de transferências instantâneas em pagamentos programados — similar ao que ocorre com o débito automático.
- Ele poderá ser usado para pagar: contas de água e energia, escolas, faculdades, academias, condomínios, clubes sociais, planos de saúde, serviços de streamings, portais de notícias, clubes por assinatura e empresas do setor financeiro.
Pix sem abrir app do banco
Com a modalidade por aproximação, o usuário poderá fazer pagamentos sem precisar acessar o aplicativo da instituição financeira, de modo muito semelhante ao que acontece com os pagamentos via cartão por aproximação.
Para usar essa função, será necessário integrar as chaves Pix nas chamadas “wallets” (carteiras digitais), como já ocorre com os pagamentos via cartão.
Dessa forma, o cliente poderá escolher a instituição financeira ou banco, cadastrar a conta na carteira digital e salvá-la para efetuar o pagamento presencial com o Pix por aproximação.
Esse cadastro nas wallets permitirá fazer pagamentos via Pix aproximando o celular do terminal de pagamento (por exemplo, as “maquininhas”), usando o recurso de NFC dos telefones. Ou seja, só precisa encostar o celular na maquininha para pagar.
Entenda o “Bolepix”
- A resolução do BC passou a valer em 3 de fevereiro.
- A partir de agora, o cliente acessa o QR Code, inserido no próprio boleto, para pagar o saldo.
Crise do Pix
No início deste ano, o Pix virou alvo de polêmicas em razão de um ato normativo da Receita Federal sobre o monitoramento das movimentações por Pix. A norma vinha sendo pesadamente criticada pela oposição e causando muito desgaste ao governo Lula (PT), que decidiu revogá-la ainda no mês passado.
normativa da Receita sobre o Pix passou a valer no início de janeiro. Apesar de o governo alegar que o objetivo era coibir grandes sonegadores, formou-se na opinião pública a noção de que as mudanças fechariam o cerco sobre trabalhadores informais e a classe média, obrigando-os a pagar Imposto de Renda sobre suas movimentações.
A crise acabou gerando uma apreensão em torno da utilização do Pix. A autoridade monetária disse que o uso não caiu em razão da desinformação. Na avaliação de técnicos do BC, os ruídos não devem prejudicar o Pix, já que ele vem crescendo ano a ano em cerca de 30%.
Fonte: Metrópoles