No fim de novembro deste ano, o Banco Central (BC) do Brasil divulgou os números da segunda edição da pesquisa “O brasileiro e os hábitos de uso de meios de pagamento”. Nela, o órgão identificou que os brasileiros estão reduzindo o uso do dinheiro em espécie para fazer os seus pagamentos.
O levantamento considerou a consulta a 600 estabelecimentos comerciais, 1.500 pessoas entrevistadas e 11.023 transações realizadas entre outubro e novembro de 2023.
Em 2019, ano da primeira edição desta pesquisa, a taxa de uso de dinheiro físico para o pagamento de despesas diárias era de 76,6%. No ano passado, esse número caiu para 40,5%.
A queda do uso de dinheiro em espécie está diretamente relacionada ao crescimento do Pix. Esse método de pagamento foi utilizado por 24,9% dos brasileiros.
Crescimento do Pix
Tudo indica que, no futuro, o Pix se tornará o principal método de pagamento entre os brasileiros. Atualmente, é comum encontrar pessoas que nem andam mais com dinheiro na carteira ou na bolsa. Basta ter um aparelho de celular com conexão de internet ativa.
O uso do Pix vem sendo adotado por vendedores ambulantes nas cidades do país, passando por grandes lojas e redes do mercado, indo até as plataformas de cassino no Brasil. Para se divertir nos slots games, nos tradicionais jogos de mesa (roleta, blackjack e Baccarat), entre outras modalidades, os usuários podem fazer os seus depósitos utilizando o Pix.
Novidades chegando
A partir do dia 1º de novembro, o Banco Central passou a disponibilizar à população novas funcionalidades do Pix. Entre as novidades desse método de pagamento, estão:
- As transações têm um limite de R$ 200 para novos dispositivos, sejam eles celular, tablet ou computador;
- Celulares e computadores que não estiverem cadastrados em instituições bancárias contam com um limite no valor de R$ 1 mil por dia;
- Em junho de 2025, mais precisamente a partir do dia 1º de junho, os usuários poderão fazer Pix automáticos. A transação será semelhante ao que acontece com o débito automático. Esses débitos periódicos não precisarão mais da autorização do usuário a cada transferência, o que tornará o processo mais ágil e conveniente.
- As novas medidas adotadas pelo BC também farão com que os bancos tenham que cumprir com certos requisitos e ações para o uso do Pix. Um destes requisitos é que, pelo menos uma vez a cada seis meses, as instituições serão obrigadas a fazer consultas sobre os seus clientes na base de dados disponibilizada na plataforma do Banco Central.
A chegada do Pix à sociedade brasileira, ocorrida em 5 de outubro de 2020, representou um grande avanço, não só em termos tecnológicos, mas também práticos. Agora, as transferências de dinheiro entre contas bancárias são realizadas em questão de segundos. Vale ressaltar que não há a cobrança de nenhum tipo de taxa, como acontece em operações tradicionais como TED e DOC. Por estes motivos que, com o passar do tempo, o uso do dinheiro físico tem se tornado cada vez mais esporádico.