A derrota humilhante de Mariana deixou perplexo todos os analistas políticos que previam um resultado diferente.
Mariana emplacou no primeiro turno 111 mil votos e no segundo encolheu para 105 mil, ou seja cinco mil votos a menos, enquanto Leo Moraes recebeu 64 mil votos no primeiro turno e se consagrou prefeito eleito com 134.539 votos.
Leonardo Barreto de Moraes, tem 40 anos, filho de políticos e sua eleição reacende as esperanças de outros políticos pretendentes de alcançar voos maiores.
Com a Eleição de Leo Moraes (podemos) em Porto Velho e com a reeleição de Flori Cordeiro (podemos) com 43 anos em Vilhena, o Partido ganha relevância, e o tabuleiro do Governador, se quiser ser eleito Senador da Republica, terá que reorganizar seu Secretariado, principalmente os Secretario regionais que atuam sem autonomia nenhuma.
Após eleição de Leo Moraes em Porto Velho, já se cogitava o nome de Flori Cordeiro para o Governo de Estado ou ao Senado federal.
A reviravolta foi tão devastadora que a candidata do União Brasil obteve seis mil votos a menos que no primeiro turno. Um caso inédito onde uma favorita perde e ainda encolhe entre um turno e o outro ao ser abandonada por eleitores que pularam do barco antes de afundar. Mariana Carvalho encolheu nas urnas e diminuiu de tamanho político após três derrotas fragorosas a cargos majoritários.
O prefeito de Porto Velho acreditou que seria capaz de transferir seu capital político para a escolhida e não economizou no uso da força política e administrativa para capturar votos. Quebrou a cara e o resultado das urnas fala por si. Humildade é um sentimento nobre para quem está na política, mas essa virtude anda escassa no Hildon, o que também contribuiu para a derrota de Mariana Carvalho, embora o prefeito agora alegue que seja em razão à rejeição que Mariana contabilizou na campanha.
O governador Marcos Rocha também manifestou apoio público à candidata do União Brasil, com aparições na TV e rádio, sua participação em toda a campanha foi permeada pela discrição e sem permitir o uso indecente da estrutura pública estadual. Já Hildon Chaves aparecia mais nos programas do que a própria candidata e exigia que colaboradores próximos fossem às ruas pedir votos. Quem não acatou a ordem foi afastado dos postos em que se encontrava. A forma agressiva pela qual adotou na campanha e na relação com as pessoas que não concordavam com ele revela o tamanho da derrota que tentava evitar. Mariana perdeu pela terceira vez consecutiva a um cargo majoritário, Hildon amargou a primeira grande derrota no seu próprio colégio eleitoral que achou ser uma extensão do seu patrimônio.
Ao Contrario de Hildon Chavez, Leo Moraes, teve um comportamento sereno, seguro e preparado nos debates, revelou o quanto os eleitores perceberam a diferença entre os dois candidatos. Não foi à toa que a própria Mariana repetidamente se incomodou com a postura do oponente que em eleições anteriores era mais beligerante. A sobriedade de Leo nos debates pegou de surpresa uma adversária belicosa e estabeleceu uma ligação de empatia imediata com os eleitores.
Leo foi simplesmente magistral numa campanha onde entrou como azarão e sagrou-se favorito para derrotar o imponderável.
Os perdedores creditam ao temporal que caiu sábado à noite sobre a capital o principal elemento catalisador que favoreceu a acachapante vitória de Leo Moraes. Desculpa de perdedor. Uma eleição não se vence nem se perde por apenas uma variável, exceto aquelas incomuns. Foram erros atrás de erros que a campanha de Mariana cometeu, inclusive adotando estratégias de trinta anos atrás que não fazem o menor efeito em tempos de internet.
Enquanto Leo caminhou na lama debaixo da tempestade criticando o descaso administrativo com as alagações, Mariana, Hildon e o vereador Breno Mendes se regozijavam aos gritos de felicidade feitos adolescentes irresponsáveis num banho de chuva registrado nas mídias sociais como um acinte a quem perdia tudo em razão do temporal. Foram essas condutas (entre outras) que fizeram a diferença na campanha. Leo transbordou de empatia, Mariana se encharcou de antipatia. São diferenças que contam no final.
Com a eleição de Leo Moraes, O deputado federal Fernando Máximo, se transformou numa das figuras mais certas para disputar uma vaga no Senado federal, vagas ocupadas hoje por Confúcio Moura e Marcos Rogerio. Ambos buscam manter suas cadeiras e fortalecer suas posições no cenário político local.
Além dos nomes já estabelecidos, surgem novos concorrentes que prometem acirrar a disputa sendo uma delas do Prefeito Reeleito de Vilhena Flori Cordeiro, que agora tem a oportunidade de decidir se vai para o Senado ou ao Governo do Estado, paralelamente a Flori tem também o nome do Prefeito reeleito de Cacoal Adailton Fúria (PSD),
Silvia Cristina que também apostou na eleição de Mariana, tinha projetos maiores, e terá que se contentar com sair para o cargo de reeleição (deputada Federal), lembrando que Silvia Cristina conseguiu perder até no minúsculo município de Pimenteiras do Oeste.
Marcos Rocha, governador de Rondônia, também está sendo mencionado como um possível candidato ao Senado. Mas para isso terá que ajustar suas estratégias, com apoio maior ao interior do estado, principalmente ao Cone Sul onde tem que fortalecer suas bases.
A Vitoria de Leo Moraes, mudou por completo a política Rondoniense e reacende a disputa pelo governo de Rondônia em 2026, pois o eleitorado rondoniense é conhecido por ser crítico e seletivo onde a vontade popular pode não acompanhar as ambições políticas.
Leo Moraes hoje é o divisor de águas, e sua decisão será vital para o futuro das próximas eleições, os próximos meses serão cruciais para definir quem realmente representa a vontade do povo. Como já vimos neste segundo turno a política é imprevisível, e, como o ditado popular diz, “quem viver, verá”.