A Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Rondônia, na tarde da última quarta-feira (24), realizando atividade de fiscalização de trânsito e combate a crimes transfronteiriços na BR 364, próximo ao km 519, no município de Ariquemes/RO, encontrou uma pistola Taurus PT92, com 52 munições, sendo transportada por um passageiro, de 49 anos, que viajava em um carro. Infrator já havia consumado diversos crimes no Brasil e no exterior.
No decorrer da fiscalização, o homem informou que estava transportando uma arma de fogo. Após a apresentação dos documentos necessários para o transporte do armamento, percebeu-se divergência em relação a um dos campos que não se encontrava preenchido, sendo suficiente para a caracterização do crime de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.
Ainda durante a abordagem, os policiais perceberam que algumas perguntas básicas não eram respondidas pelo indivíduo, como, por exemplo, o período que havia se mudado para o estado do Amazonas e o que iria fazer em Vilhena/RO. Além disso, ele informou à equipe que não possuía relações familiares e que era filho único. Contudo, os policiais conseguiram identificar que o rapaz possuía três irmãos.
A PRF obteve sucesso e conseguiu entrar em contato com dois deles. Ambos afirmaram que tinham um irmão mais velho com o mesmo nome do homem abordado, mas que ele havia falecido com apenas dois meses de idade.
Além das inconsistências apresentadas, os policiais também notaram que todos os documentos apresentados pelo infrator, incluindo o CPF e a certidão de nascimento, haviam sido emitidos recentemente.
Diante de todas as divergências, foi realizado contato com a Polícia Civil de Rondônia e com a Polícia Federal para auxílio na real identidade do homem. Só após mais de seis horas do início da abordagem, foi descoberto que o criminoso usava um outro nome, sendo de uma pessoa já falecida.
Nesse sentido, novas consultas foram realizadas pela PRF em face da real identificação do abordado, sendo detectados dois mandados de prisão em aberto pelos delitos de homicídio, corrupção de menores, porte ilegal de arma de fogo e furto qualificado. Havia outros mandados já revogados, inclusive pelo crime de estupro de vulnerável.
E não para por aí: a PRF verificou que, no início dos anos 2000, o criminoso havia sido apontado como um dos executores de um crime de homicídio que ocorreu em Portugal. Ainda no país europeu, o criminoso cometeu outros delitos, como: sequestros, lesão corporal, roubo, porte ilegal de arma de fogo e extorsão.
O infrator foi conduzido até a Autoridade Policial, ficando à disposição do Poder Judiciário. O armamento também foi encaminhado à Polícia Judiciária para posterior destinação.
Assessoria