Denunciantes apontam que grileiros invadiram a Terra Indígena. Dentro da TI Uru-Eu-Wau-Wau vivem cerca de nove povos indígenas, sendo que a maioria são isolados
Esta semana, a fundadora da Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé, Ivaneide Bandeira (mais conhecida como Neidinha), utilizou as redes sociais para denunciar invasão de grileiros dentro da Terra Indígena (TI) Uru-Eu-Wau-Wau em Rondônia.
Segundo a ativista ambiental, a terra que é alvo frequente de crimes ambientais, está enfrentando um aumento nas invasões. A ação alvo de denúncia ocorreu na região de Governador Jorge Teixeira (RO).
Ainda de acordo com a denunciante, os invasores estão muito próximos das regiões onde vivem os indígenas, causando risco de conflito. Dentro da TI Uru-Eu-Wau-Wau vivem cerca de nove povos indígenas, sendo que a maioria são isolados (aqueles que optaram por viver em sem contato com a sociedade em geral).
Neidinha relata que os invasores já ameaçavam entrar na área há um tempo e que não é a primeira vez que eles invadem a TI ou outras áreas protegidas. Nas redes sociais, a ativista pede ajuda da Força Nacional para retirada dos invasores.
Neidinha afirma que acionou diversos órgãos em busca de apoio para retirada dos invasores, entre eles: Ministério Público Federal (MPF), Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Na quarta-feira (24), Neidinha esteve no Ministério dos Povos Indígenas (MPI), em Brasília, e conversou com a ministra Sônia Guajajara sobre as invasões à TI Uru-Eu-Wau-Wau. A ministra utilizou as redes sociais para comentar sobre a reunião e informar que a equipe técnica do ministério apresentou o plano de desintrusão previsto para 2024, que tem a TI Uru-Eu-Wau-Wau como uma das prioridades para a retirada de invasores não indígenas.
A Jupaú, Associação do Povo Indígena Uru-Eu-Wau-Wau também acompanha o caso.
O g1 entrou em contato com os órgãos citados, além da Polícia Federal, mas não obteve retorno até a última atualização desta matéria. O governo de Rondônia também foi procurado para informar sobre o acompanhamento das invasões e se pretende solicitar apoio da Força Nacional, mas também não apresentou resposta.
Por G1/RO