A Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia – Idaron chama a atenção do produtor rural para o início do vazio sanitário da soja, período em que não se pode semear ou manter plantas vivas da espécie no campo, com vistas à prevenção e ao controle da ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi). O período inicia neste mês. O objetivo é reduzir a população do fungo na entressafra e assim atrasar a ocorrência da doença durante a safra.
Em Rondônia, para a safra 22/23, o período de vazio sanitário foi dividido em duas regiões, de acordo com a Portaria SDA nº 607 de 21 de junho de 2022. Na Região I, que compreende os municípios de Cabixi, Cerejeiras, Chupinguaia, Colorado do Oeste, Corumbiara, Pimenteiras do Oeste e Vilhena, o período começa dia 10 de junho, e se estende até 10 de setembro. Na Região II, que envolve os demais municípios de Rondônia, o vazio vai de 15 de junho a 15 de setembro.
MEDIDAS FITOSSANITÁRIAS
O gerente de inspeção e defesa sanitária vegetal, Jessé de Oliveira Júnior explicou que, a medida tem como base, o programa nacional de controle da ferrugem asiática da soja, instituído no âmbito do Ministério da Agricultura e Pecuária – Mapa, que estabelece as medidas fitossanitárias que devem ser adotadas por cada região do Brasil para a prevenção e controle da praga. “Por força de lei, durante o vazio sanitário, é proibida a semeadura da soja em todo o território rondoniense”, destacou.
No período do vazio, também não é permitida a existência de plantas vivas de soja em áreas sob sistema de irrigação, de cultivo tradicional ou qualquer outra modalidade de cultivo, exceto os excepcionalmente autorizados com a finalidade de pesquisa. “Os proprietários, arrendatários ou detentores a qualquer título de áreas que foram cultivadas com soja, são obrigados a eliminar, antes do vazio sanitário, todas as plantas vivas de soja, sejam elas cultivadas ou voluntárias, em toda a área de domínio ou posse”, salientou Jessé de Oliveira.
O governador de Rondônia, Marcos Rocha ressaltou sobre a importância do trabalho de inspeção da Agência. “A cultura da soja tem impacto na balança comercial de Rondônia. Somos um dos maiores produtores da região Norte. O trabalho desenvolvido pela Idaron para prevenir a ocorrência da ferrugem da soja, não tem apenas aspecto fitossanitário, mas econômico, visto que protege uma das mais importantes commodities produzidas no Estado”, destacou.
FERRUGEM ASIÁTICA
A doença causa sérios danos, principalmente foliares nas culturas. Sem as folhas, as plantas reduzem sua produção devido à falta de fotoassimilados. O vazio sanitário se tornou a principal medida para combater e prevenir a doença em razão de sua rápida expansão nas áreas de produção de soja, aos elevados prejuízos e difícil combate a este fungo. Suas perdas podem ser de 10% a 90% nas diversas regiões produtoras, o que pode causar prejuízos acumulados, tanto ao produtor quanto à economia do Estado. “A ausência de plantas interrompe o ciclo de reprodução e desenvolvimento do Phakopsora pachyrhizi, que obtém seus nutrientes das células vivas das plantas. No caso, os hospedeiros dos Phakopsora são as plantas da soja”, alertou o gerente de inspeção.
Fonte
Texto: Toni Francis
Fotos: Esio Mendes/ Arquivo
Secom – Governo de Rondônia