Neste Dia das Mães (14), o Governo de Rondônia ressalta o trabalho realizado pelo Banco de Leite Humano Santa Ágata – BLH, anexo ao Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro – HBAP, em Porto Velho, onde o serviço só é possível porque existem mães que se solidarizam com outras que precisam alimentar seus bebês prematuros, mas não conseguem. Aquelas que se sensibilizam com a causa e têm condições, recebem orientação e apoio para fazer a doação de leite.
O governador de Rondônia, Marcos Rocha ressalta que, o Governo trabalha em políticas públicas de assistência às gestantes e a seus bebês, e também de fortalecimento à primeira infância, e o que o Banco de Leite ocupa um papel essencial em um momento em que o leite materno se faz necessário, para os que nascem de forma prematura. ‘‘No Banco de Leite de Rondônia temos uma equipe de profissionais preparada para realizar todo o tratamento do leite doado, e fazer chegar essas doações aos bebês que necessitam desse alimento para sobreviver. Vemos neste serviço, a união entre o Governo de Rondônia e as doadoras, para que assim possam salvar vidas’’, afirmou.
A coordenadora do Banco de Leite Humano de Rondônia, Taiane Falcão Teixeira explica que, ao mesmo tempo que as doações acontecem, as mães desses bebês prematuros também recebem orientação da equipe para estimular a produção de leite próprio, que é explicado quanto à correção de posição para amamentação, pega e sucção do bebê. ‘‘Temos visto que, voluntariamente, muitas dessas mães que os filhos recebem a doação de leite, acabam por se tornar doadoras, assim que passam a produzir leite,”.
REDE DO BEM
Uma rede do bem que cresce movida pela gratidão e um único propósito: salvar vidas. Conforme a última estatística, o Banco de Leite atendeu 31 bebês no mês. As mamães com dificuldades de amamentarem seus filhos, recebem todo o apoio emocional e técnico. ‘‘É natural neste período que o bebê nasce, acontecer uma insegurança na hora de amamentar, surgem dúvidas; e a equipe do Banco de Leite trabalha com orientações e avaliação da mamada do bebê, para saber se está eficiente’’, comentou a coordenadora.
A coordenadora conta ainda que, um caso que marcou a equipe foi de um bebê hipoativo, com choro fraco e sempre sonolento. ‘‘A mãe acreditava que estava alimentando o bebê, mas na verdade ele não estava sendo alimentado. Quando o avaliamos nos assustamos com o peso, e ao observar a amamentação, constatamos que ele não estava sugando. Ele ficou internado por um tempo, e fizemos neste período, orientações para a mãe manter a produção do leite. Quando ele recebeu alta, ela aprendeu a dar o mamar, e deu tudo certo’’, comemorou o caso exitoso.
QUALIDADE
O estoque de leite materno, segundo a coordenadora, teve redução nos últimos meses, e ela pede a sensibilização para que mais mães façam a doação, pois nem todo o leite doado é destinado aos bebês, há o descarte dos reprovados na avaliação, então, quanto maior volume de leite, maior a chance do leite chegar até os bebês.
‘‘Além disso, a nutricionista avalia as características do leite que temos em disponibilidade e libera de acordo com a necessidade de cada bebê. Há uma diferença nas características dos leites, dependendo da fase da amamentação da doadora, pois o leite vai mudando as propriedades com o tempo. O leite produzido após o parto é chamado de colostro, depois o de transição, em seguida passa a ser o leite maduro, com maior teor de gordura’’, explicou.
VANTAGENS
A coordenadora pontua ainda que, uma das principais preocupações das mães antes de se tornarem doadoras é quanto ao risco de faltar leite para o próprio bebê. ‘‘Nós enfatizamos que o leite doado é o excedente, não tira o do próprio bebê para doar. As doadoras são aquelas que têm uma produção de leite excelente, que o bebê não dá conta de mamar tudo que é produzido. Neste caso, a mãe fica com a mama ingurgitada, e se ela não conseguir esvaziar, o bebê não conseguirá abocanhar corretamente. Esse leite que extrai para preparar a mama, ao invés de jogar fora, ela pode doar, e assim ajudar a salvar vidas’’, esclareceu.
O Banco de Leite também faz o controle de peso do bebê da mãe doadora, a cada três dias, para que ela se sinta mais segura e certifique que a doação não prejudica a alimentação do próprio filho. Assim, a doadora e seu bebê têm direito a uma consulta mensal com pediatra, com acompanhamento da nutricionista, enfermeira e assistência social.
FLUXO DA DOAÇÃO
As candidatas a doadoras são avaliadas pela equipe, que analisa a produção do leite, e por meio de exames, o estado de saúde das mesmas. Estando apta, a doadora receberá visita semanal em sua residência, de uma profissional, a qual entregará um kit (vidros estéreis, gorro, máscara) e orientações sobre os cuidados durante a extração do leite humano, armazenamento e identificação do mesmo.
A doação ao chegar no Banco de Leite passa pelos serviços de avaliação, pasteurização e, então, são destinados aos bebês. As interessadas em se tornarem doadoras de leite, devem fazer o cadastro online neste link ou comparecerem ao Banco de Leite, no HB, localizado na Avenida Governador Jorge Teixeira, setor Industrial.
CAMPANHA MUNDIAL DE DOAÇÃO DE LEITE HUMANO
No dia 19 deste mês é comemorado o Dia Mundial de Doação de Leite Humano, e em referência à data, no próximo dia 17, o Banco de Leite Humano de Rondônia realizará uma programação comemorativa com receptoras e doadoras.
Fonte
Texto: Vanessa Moura
Fotos: Frank Néry/Daiane Mendonça
Secom – Governo de Rondônia