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Proposto por Ezequiel Neiva, o atendimento a paciente com fissura labiopalatina é debatido em audiência pública


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Ezequiel Neiva garantiu apoio a projeto para transporte gratuito.

A Assembleia Legislativa realizou na manhã desta sexta-feira (31), audiência pública para tratar da importância do atendimento multidisciplinar e cirúrgico do paciente portador de fissura labiopalatina. A sessão foi proposta pelo deputado Ezequiel Neiva (União Brasil) atendendo a Associação dos Fissurados de Rondônia (Asfir), a fim mostrar à população o trabalho realizado pela Secretaria de Saúde e buscar apoio para ampliar o atendimento aos pacientes que necessitam de cirurgias e acompanhamento multidisciplinar.

Como resultado da audiência pública, Ezequiel Neiva garantiu total apoio às reivindicações apresentadas pela Asfir e Núcleo de Fissurados de Rondônia (Nufis). Entre as pautas apresentadas, houve o pedido para a criação da “lei da deficiência do paciente não-reabilitado em fissura labiopalatina”, a fim de garantir o transporte público aos pacientes, e o apoio para a criação de uma campanha de ampla divulgação entorno da problemática do paciente com fissura labiopalatina. O deputado afirmou que a Assembleia Legislativa dará total apoio às demandas solicitadas e que dará encaminhamento aos pedidos.

A enfermeira Maria José Michelette, presidente da Asfir e membro da ONG Sorriso do Brasil, explicou que alguns estados têm a lei que garante o transporte gratuito aos pacientes com fissura labiopalatina. Disse que é preciso uma campanha de conscientização, orientação e divulgação para mostrar que Rondônia tem tratamento para fissura labiopalatina.

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Além da presença do deputado proponente da sessão e da Asfir, o debate acerca dos pacientes fissurados contou com integrantes da Secretaria de Saúde do Estado, com Nufis (vinculado à Sesau); com a ONG Operação Sorriso do Brasil, do Conselho Regional de Medicina,  e médicos e enfermeiros especialistas no tratamento de fissurados, e mães de pacientes.

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Para o médico cirurgião Alexei Almeida de Andrade, do Nufis, os casos de fissura labiopalatina em Rondônia representam um problema epidemiológico alarmante, sendo um caso para cada cerca de 650 nascimentos. O médico disse que a fissura labiopalatina causa impactos gravíssimos na vida dos afetados, resultando no retardo do desenvolvimento, inclusive. O cirurgião destacou que a cirurgia é apenas um passo na caminhada. Ele explicou que o tratamento começa ainda na gestação. Para o especialista, é preciso mais profissionais habilitados para tratar do problema

400 pacientes cadastrados

De acordo com Felipe Azevedo Leão, coordenador do Nufis, apesar dos esforços para a realização de operações, em Rondônia há 400 pacientes cadastrados para cirurgia. O coordenador ressalta que há pacientes não cadastrados que precisam de atendimento. Por meio do Nufiz, Felipe Leão disse que são realizadas em média de 40 cirurgias por ano.

Cirurgias em Rondônia

Maria José explica que o tratamento oferecido hoje aos pacientes de fissura labiopalatina é uma vitória, mas não é suficiente. Disse que até 2015 os pacientes precisavam fazer tratamento na cidade de Bauru/SP. A enfermeira relata que em 2018 foi criado o Núcleo de Fissurados (Nufiz), vinculado à Secretaria de Saúde do Estado

No ano seguinte foi fundada a Asfir, servindo como apoio para a arrecadação de doações e investimentos para os tratamentos. “O Nufiz faz o atendimento e acompanhamento, desde o nascimento, de crianças que apresentam a fissura labiopalatina, até a fase adulta oferecendo tratamento multidisciplinar, com atendimento de odontopediatria, fonoterapia, cirurgia plástica, enfermagem, nutrição, técnica enfermagem e pediatria”, acrescentou a enfermeira ao atentar que as cirurgias podem ser feitas a partir dos quatro meses de idade

Operação Sorriso Brasil

Integrante da ONG Operação Sorriso do Brasil, Maria José destaca que Rondônia recebe apoio da entidade nacional. Disse que a ONG vem a Rondônia uma vez por ano e realiza cerca de 60 cirurgias em mutirão num espaço cedido pelo Hospital Santa Marcelina. “O núcleo de fissurados é muito importante nesse processo, vez que prepara os pacientes para as cirurgias. Antes do acompanhamento do Nufis, diversos pacientes ficavam sabendo que não poderiam fazer o procedimento no dia da operação, por causa de uma anemia, por exemplo, ou qualquer outro problema”, frisou.

Texto: Assessoria parlamentar
Foto: Rafael Oliveira I Secom ALE/RO

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