Durante o encontro, Lula agradeceu ao Congresso Nacional por chancelar ato que, segundo ele, foi necessário para a defesa da democracia
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu de parlamentares, nesta quarta-feira (11/01), o decreto de intervenção na segurança pública do Distrito Federal. Participaram do encontro, o presidente da Câmara, Arthur Lira, o vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rêgo e demais deputados e senadores. A intervenção foi assinada no domingo (8) pelo presidente, após os ataques em Brasília que depredaram os prédios do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal. O texto foi aprovado ontem (10) pelo Senado Federal.
Em seu discurso, Lula agradeceu aos senadores e deputados pela aprovação da intervenção federal no DF. Também destacou a atuação da imprensa na cobertura dos fatos. O presidente reiterou ainda sobre o comportamento dos invasores, que segundo ele, se trata de um grupo de “pessoas alopradas, que ainda não entenderam que a eleição acabou”. De acordo com o presidente, estas pessoas “não querem aceitar que a urna eletrônica é o modelo eleitoral mais perfeito que a gente tem. Já participei de muitas eleições e nunca houve nenhum questionamento”, recordou Lula. “Lamentavelmente, o presidente que deixou o poder dia 31 não quer reconhecer a derrota”.
O presidente ainda mencionou que, no domingo, duas grandes torres da hidrelétrica de Itaipu foram derrubadas. “Aquilo foi um ato de vandalismo também, um ato de bandido, porque os cabos de aço foram cerrados. Significa que propositalmente alguém cortou os cabos das torres”, ressaltou Lula. A aprovação do requerimento de intervenção seria, para o presidente, um ato de defesa da democracia, necessário para combater o vandalismo e ataque à Constituição, “a gente tem que punir quem não quer respeitar a lei; a gente tem que punir quem não quer respeitar a ordem democrática, tão dificilmente alcançada por nós a partir da Constituição de 88”.
Lula reforça que “todo mundo terá direito de se defender, todo mundo terá direito à prova da inocência, mas todo mundo será punido”. Ele ainda continua: “não gostaria de ter feito uma intervenção, mas sim resolvido isso conversando, as pessoas que estavam lá não estavam dispostas sequer a conversar porque eles faziam parte daqueles que estavam praticando vandalismo pelo Brasil”.
Ao encerrar o discurso, Lula agradeceu a participação e compreensão dos parlamentares, “o gesto de vocês só engrandece o parlamento brasileiro e aumenta a conquista de credibilidade do poder legislativo brasileiro, aos olhos da sociedade brasileira”.
Assessoria