Relatório preliminar divulgado pela Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (10/1), apontam que o prejuízo causado por terroristas em atos antidemocráticos ultrapassam R$ 3 milhões.
O valor é referente apenas aos objetos e equipamentos que podem ser repostos, como computadores, vidros, veículos e outros itens de mobiliário. De acordo com a Casa Baixa, 400 computadores foram destruídos, com reparação estimada em R$ 2 milhões.
O documento preliminar aponta que duas viatuaras da Polícia Legislativa foram danificadas, com custo estimado em R$ 500 mil. Além disso, reparação de vidros da fachada e do interior do edifício vai custar R$ 100 mil.
Outras áreas da Câmara dos Deputados também tiveram danos, apontam o relatório. O carpete do Salão Verde, por exemplo, teve diversos pontos queimados e comprometidos pela inundação provocada pelo uso de hidrantes.
De acordo com o relatório, cerca de 100 m² do carpete precisarão ser trocados, com custo estimado em R$ 20 mil. Além disso, no Colégio de Líderes, foram danificados dois monitores do painel de vídeo wall, com custo aproximado de R$ 10 mil.
Itens de escritório
Outros estragos no Colégio de Líderes também passaram pelo crivo dos técnicos da Câmara: ao menos três televisões foram danificadas, com estimativa de R$ 2 mil cada. Outros equipamentos de informática e telefones também acabaram depredados, mas ainda não há avaliação de custo.
Além disso, os terroristas destruíram mesas do Salão Verde, cadeiras do Colégio de Líderes e das lideranças do PSDB e do PT e telefones de lideranças partidárias.
“Ainda não foram levantados os custos com mão de obra e material necessários à limpeza dos ambientes e reparos emergenciais, como da rede elétrica da plataforma superior do Palácio do Congresso”, informou a Casa Baixa.
Obras de arte
Além de objetos de escritório e móveis, uma série de obras de arte foram atacadas pelos vândalos. O painel com 46 presentes protocolares expostos no Salão Verde teve seis peças desaparecidas ou irrecuperáveis.
“Muitos foram encontrados com danos pontuais que poderão ser restaurados”, informou a Casa. Os objetos de arte danificados têm valor incalculável.
Além disso, entre as obras de arte destruídas estão o Muro Escultórico de Athos Bulcão (perfurado na base); a Bailarina, de Victor Brecheret (descolada da base); e a escultura Maria, Maria, de Sônia Ebling (marcada com paulada).
Áreas atingidas
A invasão da Câmara atingiu as seguintes áreas, segundo o relatório:
Rampa do Congresso Nacional;
Plataforma superior — área das cúpulas;
Salão Negro;
Salão Branco;
Salão Verde;
Plenário Ulysses Guimarães;
Hall das Secretarias;
Corredores das lideranças;
Colégio de Líderes;
Lideranças do PT e PSDB.
Senado
Em um levantamento preliminar, o Senado Federal estima que as reformas para reparar a destruição provocada pelos atos terroristas desse domingo (8/1) vão custar entre R$ 3 milhões e 4 milhões para a Casa.
O valor abarca a instalação de novos vidros, reforçados por uma película antivandalismo, e a troca de todo o carpete do Salão Azul. Os dados foram levantados em reunião na segunda-feira (9/1) entre diretores das áreas técnicas do Senado.
Computadores, teclados e equipamentos de comunicação também foram danificados. Além disso, os equipamentos usados pela Polícia Legislativa durante a ação terão de ser repostos.
POR: METRÓPOLES