O Ministério da Saúde oficializou o mês de janeiro para a conscientização sobre a hanseníase e a cor roxa para pontuar as campanhas educativas sobre a doença, que ainda é vista com muito preconceito e desinformação. Anteriormente conhecida por lepra, teve seu nome alterado no Brasil no ano de 1976, com a finalidade de reduzir o preconceito em torno da doença.
Para a coordenadora estadual da Hanseníase da Agência Estadual de Vigilância em Saúde – Agevisa, Albanete Mendonça, a mudança não teve uma representação significativa nos desafios e preconceitos vividos pelas pessoas acometidas pela doença. “O preconceito é silencioso, a pessoa acometida ao revelar o agravo percebe o distanciamento social. Mas a doença é curável, porém, o diagnóstico tardio pode deixar graves sequelas, inclusive a incapacidade física com deformidades em mãos e pés, podendo levar também à cegueira”.
No mês de janeiro, a Agevisa fará ações pontuais para dar visibilidade à luta contra o estigma da hanseníase. Segundo o diretor-geral da Agência, Gilvander Gregório de Lima, a Agência vem promovendo ações diretas no tocante a esta temática, “trabalhamos para fortalecer as ações que emergem dos municípios e de organizações civis, apoiando não só o acolhimento e tratamento, como também a reabilitação socioeconômica, como é o caso do desenvolvimento de oficinas de capacitação para o mercado de trabalho e fortalecimento dos grupos de autocuidado”, informou.
O tratamento da hanseníase é ofertado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde – SUS. O governador Marcos Rocha ressalta a importância da visibilidade e atenção a esta doença. “O governo do Estado tem garantido o benefício com fomento das políticas públicas, realizando a distribuição de insumos e medicamentos, e ainda apoiando os municípios que são responsáveis pelo tratamento, oferta de insumos, medicamentos, acompanhamento dos pacientes em unidades básicas de saúde e em centros de referência, não sendo necessária a internação dos pacientes”, explicou.
MEDICAÇÃO
De acordo com a coordenadora da Agevisa, O medicamento está disponível no SUS. A duração do tratamento varia de acordo com a forma clínica da doença. Para pacientes com hanseníase paucibacilar (PB) a duração é de seis meses e para pacientes com hanseníase multibacilar (MB) a duração é de doze meses.
“Os medicamentos são seguros e eficazes. Ainda no início do tratamento, a doença deixa de ser transmitida. Familiares, colegas de trabalho e amigos, além de apoiar o tratamento, também devem ser examinados”, finalizou a coordenadora da Agência.
Por: Governo de Rondônia