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Caminhoneiro que jogou carreta contra manifestantes é denunciado por tentativa de homicídio em RO; entenda


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Caminhoneiro acelerou contra manifestantes na BR-364 em RO — Foto: WhatsApp/Reprodução

O caminhoneiro que avançou com uma carreta contra manifestantes e feriu uma mulher que participava do bloqueio na BR-364, em Cacoal (RO), foi denunciado pelo Ministério Público de Rondônia (MP-RO) por tentativa de homicídio triplamente qualificado.

Para o MP-RO, o motorista “assumiu o risco de matar a vítima ao fazer o retorno com sua carreta, em alta velocidade, e direcioná-la à multidão”.

O caso aconteceu no fim de novembro. Segundo as investigações, o caminhoneiro foi parado pelos manifestantes em um trecho da BR-364 que estava bloqueado, em Cacoal. Revoltado, ele discutiu com algumas pessoas, e então entrou no veículo e avançou contra barracas que estavam montadas no local.

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Em um vídeo gravado após a confusão, um manifestante narra que o grupo estava jogando pedras contra a carreta e foi nesse momento que o motorista acelerou.

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Na ocasião, uma mulher de 53 anos foi atingida e arrastada pela lona de uma barraca. A mulher precisou ser socorrida até o Hospital de Urgência e Emergência Regional de Cacoal (Heuro) com um corte na cabeça. Ela sobreviveu.

Na ocasião, o caminhoneiro fugiu, mas foi localizado e detido pela Polícia Militar. O homem ainda está detido na Casa de Detenção de Cacoal.

Caminhoneiro acelerou contra manifestantes na BR-364 em RO — Foto: WhatsApp/Reprodução

A Polícia Civil havia indiciado o suspeito por tentativa de homicídio duplamente qualificado. No entanto, o MP concluiu que as agravantes cometidas no crime são três:

  • motivo torpe (revolta pelo protesto);
  • perigo comum (por conta do risco causado à multidão que se encontrava no local);
  • recurso que dificultou a defesa da vítima (devido ao movimento inesperado de retornar com a carreta e colidi-la diretamente nas barracas).

O caso foi encaminhado para a 1ª Vara Criminal da Comarca de Cacoal, onde deve ser julgado. O g1 tenta contato com a defesa do denunciado.

Por Jaíne Quele Cruz e Matheus Afonso, g1 RO e Rede Amazônica

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