Ação iniciou na quarta-feira (12) e não tem data para ser finalizada. Até o momento, 81 embarcações já foram fiscalizadas.
Embarcações do tipo ‘dragas’, utilizadas no garimpo ilegal no leito do rio Madeira, em Porto Velho, estão sendo destruídas por uma operação da Polícia Federal (PF) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A ação iniciou na quarta-feira (12) e não tem data para ser finalizada.
Segundo a PF, a operação busca “desestruturar organizações criminosas que lucram causando prejuízos ambientais com a mineração, modificação do curso natural do rio, destruição da vegetação ribeirinha e interrupção de canais de água”.
Até o momento, 81 embarcações já foram fiscalizadas e, de acordo com a polícia, todas as medidas administrativas legais e necessárias para a desestruturação da prática do garimpo ilegal foram tomadas.
Ainda segundo a PF, a destruição das dragas foi necessária por não ser possível guardar, transportar ou apreender os equipamentos das embarcações.
O rio Madeira é considerado uma Área de Proteção Ambiental (APP), e não tem a atividade de garimpo permitida no local.
Manifestação e fechamento da BR-319
Na noite de quarta, após a operação da PF e Ibama, garimpeiros e familiares fecharam um trecho urbano da BR-319, que liga Rondônia ao Amazonas, para protestar contra as medidas adotadas na operação.
Durante a manifestação, pneus foram incendiados na estrada que dá acesso ao Porto Organizado e à ponte sobre o rio Madeira. Filas de carros e carretas foram formadas dos dois lados da via, enquanto esperavam pela liberação da BR.
A Polícia Militar (PM) e o secretário de Segurança Pública estiveram no local, negociando para que o fogo ateado em pneus fosse apagado e a estrada liberada. Helicópteros da PM, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Corpo de Bombeiros também estiveram no local.
Após mais de três horas de bloqueio, motoristas forçaram a passagem por entre os manifestantes e a rodovia foi liberada.
No Amazonas
Em novembro de 2021, balsas e dragas usadas por garimpeiros na extração de ouro, atracaram no Rio Madeira, próximo à comunidade de Rosário, no município de Autazes, distante 113 quilômetros de Manaus.
Na época, Danicley Aguiar, ativista do Greenpeace, estimou que havia mais de 300 balsas no rio, sem licença ambiental para mineração.
Por: G1/RO