Gleidson Gomes Marques, o vereador de Seringueiras (RO) suspeito de participação em dois assassinatos, uma tentativa de homicídio e tortura, teria cometido os crimes por vingança. Segundo a polícia, a principal suspeita é que uma das vítimas furtou a casa do pai do vereador e ele decidiu “fazer justiça com as próprias mãos”.
Gleidson, mais conhecido como “Polaquinho”, foi eleito vereador em 2020 pelo Podemos e agora é considerado foragido da Justiça, juntamente com outro comparsa dos crimes, identificado como Sidiclei Mendes da Silva, o “Bracin”.
Um dos casos pelos quais o político é investigado é o de Nany Carvalho Agostin, a mulher que foi estuprada, assassinada e teve o corpo jogado na floresta em janeiro deste ano, em Seringueiras.
Cronologia
A sequência de crimes que a Polícia Civil investiga teria começado depois que um rapaz chamado Laércio furtou a casa do pai do vereador Polaquinho. Nany era namorada dele.
Ao g1, o delegado Reinaldo Reis diz que em dezembro do ano passo o político foi na casa do suspeito de furtar seu pai, acompanhado de outras pessoas. Laércio e Nany foram agredidos e uma terceira pessoa que estava na casa foi atingida com um tiro na mão.
No dia seguinte os suspeitos voltaram no local e executaram Laércio a tiros. Outra vítima também foi atingida com pelo menos quatro disparos, mas sobreviveu. Nany estava escondida na residência e teria presenciado o que aconteceu.
O vereador e outros suspeitos teriam matado Nany como “queima de arquivo”. Ela foi estuprada e abandonada em uma área de mata da linha da BR-429, em Seringueiras.
O corpo dela foi encontrado somente semanas depois, já em decomposição. Os familiares de Nany só conseguiram identificá-la através de tatuagens que tinha em seu corpo.
Investigação
Após meses de investigação, a Polícia Civil conseguiu identificar Polaquinho e outros dois suspeitos de envolvimento nos crimes.
Na quinta-feira (9) foi deflagrada uma operação com a intenção de prendê-los, mas apenas um foi localizado e preso. Ele não teve a identidade revelada.
O vereador Polaquinho e Sidiclei Mendes da Silva, o “Bracin”, continuam foragidos. A Polícia ainda não sabe por quais motivos os dois suspeitos se envolveram no crime, mas descobriu que eles eram funcionários do vereador em uma fazenda.
Caso a população tenha informações sobre a localização dos foragidos, pode entrar em contato com a Polícia Civil através dos números: 197, (69) 3623-2229 e (69) 3642-2246. As denúncias podem ser feitas de forma anônima.