Um cachorro chamado Valente, da raça rottweiler, deu entrada em uma clínica veterinária de Vilhena (RO) após ser baleado no fim de semana. Segundo os donos do animal, o autor dos disparos é um policial que estava à paisana pelo bairro e o tiro foi na frente de crianças.
Valente passou por avaliação veterinária e recebe tratamento, mas sem risco de morte. E um boletim de ocorrência sobre o caso foi registrado na delegacia da cidade.
Ao g1, a dona do animal contou que passeava com o cão sem uma guia. Lucimara Fonseca da Silva relatou que estava conversando com uma vizinha quando Valente foi baleado na cabeça por um PM à paisana. A bala atravessou o crânio do cachorro.
No boletim consta que Valente teria ido na direção do policial, que naquele momento também estava andando com o cachorro dele, da raça pastor alemão.
Segundo o relato da dona de Valente, o policial começou a gritar com ela e disse que ela era “doida em deixar o cachorro sem a guia” e então chutou o rottweiler.
Ela ainda relatou que, por conta da agressão, gritou para que o cachorro voltasse para perto dela. O animal obedeceu ao comando, porém o policial continuou falando alto e se mostrava alterado. Nesse momento o rottweiler voltou na direção do homem, que sacou a arma de fogo e atirou na cabeça do animal.
Testemunhas afirmam que local dos tiros havia várias crianças e a dona do rottweiler estava com o filho, um bebê, no colo.
Saúde do Valente
Ao g1, Lucimara Fonseca da Silva, dona do Valente, conta que ela levou o cachorro para o veterinário para receber os tendimentos necessários. O cachorro teve várias convulsões após o ocorrido, mas na manhã desta segunda-feira (23) já havia conseguido se alimentar.
Lucimara conta que Valente é conhecido da vizinhança e o animal é dócil.4
“Estou chocada, assim como todos do meu bairro que conhecem meu cachorro. Ele brinca com as crianças aqui do bairro desde pequeno, joga bola com as crianças no campinho. As crianças presenciaram tudo e depois saíram chorando atrás do Valente. A vizinhança está muito comovida pelo fato. Ele é um cachorro de raça e sei que dá medo, mas ele é muito dócil e até tem medo de gatos e de cachorro pequeno. Ele só quer saber de brincar”, diz.
Lucimara conta por estar com a filha de um mês no colo, no instante dos disparos, teme que a audição da bebê possa ser afetada.