O britânico Malcolm MacDonald afirmou que finalmente se sente um “homem de verdade”, após ter o pênis devolvido ao lugar certo. Ele ficou com o membro pendurado no braço por seis anos.
O pênis “antigo” de MacDonald caiu no banheiro da casa dele, em 2014, após uma terrível infecção no sangue.
Os médicos construíram para ele um novo membro, de 15 centímetros, que originalmente deveria ser enxertado entre as pernas, em 2015. No entanto, a falta de oxigênio em seu sangue fez com que os médicos optassem por colocarem o pênis no braço do paciente.
Uma mistura de atrasos para procedimentos no hospital, agravados ainda mais pela pandemia de Covid-19, fez com que o inusitado transplante – financiado pelo Sistema Nacional de Saúde (NHS, na sigla em inglês) ao custo de 50 mil libras (aproximadamente R$ 313 mil) – fosse adiado por várias vezes.
MacDonald teve que ficar com o pênis no braço por um longo tempo e se acostumar com a situação que lhe causou certo constrangimento.
Em entrevista ao jornal The Sun, em 2020, ele contou que precisou mudar hábitos a fim de esconder o membro no braço, como vestir roupas com mangras compridas e deixar de ir à praia. Apesar disso, ele achou graça da condição, e chama o novo pênis de “Jimmy”.
Fim do pesadelo
O pesadelo do britânico de 47 anos acabou após uma operação bem-sucedida, que durou cerca de nove horas.
Ele conta toda a provação que passou em um novo documentário do Channel 4, intitulado The Man with a Penis on His Arm (O homem com um pênis em seu braço, na tradução do inglês), que vai ao ar nesta segunda-feira (2/5) no Reino Unido.
“A primeira coisa que fiz foi olhar para baixo e fiquei tipo, ‘Oh meus dias. Eles conseguiram desta vez’”, comemorou. “Eu me sinto como um homem de verdade novamente”.
Ponto de virada
O novo pênis foi criado pelo professor David Ralph, do University College Hospital de Londres.
O especialista em reconstrução peniana fez o membro com a carne do braço do homem, a fim de dar uma aparência verdadeira ao órgão sexual.
O pênis mecânico conta com uma uretra sintética e tem ainda dois tubos infláveis e uma bomba que ficará no escroto do paciente, para encher o pênis com uma solução salina, promovendo, assim, as ereções.
Malcolm revelou que a operação pode ser “enorme” para seu futuro. “Isso pode ser um ponto de virada na minha vida”, confessou.
Mesmo com um longo tratamento ainda por vir, Malcolm MacDonald se sente esperançoso e agradece por não ter mais o pênis pendurado no braço.
“Você pode imaginar seis anos de sua vida com um pênis balançando em seu braço? Foi um pesadelo, mas agora se foi – o pequeno inseto.”