A empresa que recentemente assumiu o contrato de prestação de serviço para a entrega de almoço e jantar dos detentos provisórios sentenciados, no presidio Urso Branco em Porto Velho (RO), está fornecendo alimentação azeda, com forte odor e trazendo risco de intoxicação em massa dentro das cadeias. Nesta última terça-feira (29), detentos chegaram a devolver comida com medo de sofrerem com algum tipo de mal que o consumo humano da comida estragada fosse gerar.
O fato ocorrido nesta última quarta-feira (30) não foi uma ação isolada, seguidamente a comida vem sendo entregue estragada, o que gera tensão dentro da cadeia e dificulta o trabalho dos policiais penais no exercício da função.
Detentora de um contrato milionário, a empresa que fornece o serviço, dota-se de estrutura e orçamento para a entrega de uma comida que garanta a saúde mínima de um detento, caso contrário pode sofrer sanções como multa e até quebra do contrato, que é alvo de desejo de empresários do setor alimentício do estado.
Cada preso dentro de uma unidade penal do estado, julgando ou não, tem direito a um pão com margarina e 20 ml de café às 07h e duas marmitex, uma às 12h e às 19h, fora isso não há nenhum outro tipo de nutrição fornecida pelo estado dentro da carceragem, fato que leva alguns presos a comerem alimentos azedos sob o peso da fome e se colocando à risco de infecção, causando demanda ao estado, já que os presos adoentados são tratados na rede pública de saúde.
É necessário uma intervenção do Poder Legislativo, solicitando explicações dessa empresa para que seja esclarecido o porquê de um contrato milionário, pago pelo estado, não oferece sequer a dignidade da saúde humana, já que todos, sem exceção, contribuem com altos cargas de imposto, para o bom andamento do serviço público.
VEJA CARTAS EM ANEXO:
Por Joao Paulo Prudêncio – DRT 1138/RO