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Caso Laryssa: Suspeito confessa crime e diz que “sempre quis matar alguém e ver a pessoa sofrer”


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Ronaldo dos Santos Lira suspeito de matar e enterrar o corpo de Laryssa Victória no próprio quintal, em Ouro Preto do Oeste (RO), confessou em interrogatório que matou a adolescente pelo “desejo de matar” que tinha desde a infância. A Polícia Civil informou nesta quinta-feira (7).

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Niki Locatelli, Ronaldo dos Santos Lira prestou depoimento nesta quinta e deu detalhes de como matou Laryssa. O interrogatório durou mais de cinco horas e possui mais de 10 páginas de transcrição.

“Ele revelou que tinha esse desejo desde a infância, ele sempre quis matar alguém e ver a pessoa sofrer. Ele fala que via muitos vídeos e já chegou ver pessoas sendo esquartejadas e ele diz que tinha prazer nisso”, disse o delegado.

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Ronaldo disse em depoimento para a Polícia Civil que ele saiu de casa na sexta-feira, 18 de março de 2022, com a intenção de matar alguém. Ele acabou encontrando Laryssa e sentiu um “chamado” de que tinha que ser ela. De alguma forma ainda não revelada, ele convenceu a menina a ir até a casa dele.

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Ele disse que na manhã do sábado, 19 de março, enquanto Laryssa dormia, ele pegou a própria bolsa da vítima, enrolou a alça no pescoço dela e tentou um estrangulamento. Nesse momento, a adolescente acordou e questionou porque ele estava fazendo aquilo.

Em seguida, Ronaldo diz que pegou uma faca e deu um golpe no pescoço da vítima. Então ficou a “assistindo sangrar”. O laudo tanatoscópico confirma que Laryssa morreu de hemorragia externa por instrumento pérfuro-inciso, ou seja, sangrou até a morte. Ele narrou no interrogatório que enquanto ela morria ele ria de prazer.

“Laryssa morreu aos poucos e ele teve prazer em vê-la morrendo aos poucos”, comentou o delegado. Após a morte, Ronaldo teria saído para buscar comida e voltou para comer vendo o corpo de Laryssa.

“São descrições de um crime chocante e aterrorizante. Realmente mexeu até conosco, investigadores”, finaliza Niki.

Caso Laryssa

Laryssa Victória, adolescente morta e enterrada no quintal da casa do assistente socialRonaldo dos Santos Lira, em Ouro Preto do Oeste (RO), tinha marcas de estrangulamento e mais de 20 perfurações na região do pescoço, apontou o delegado responsável pelo caso, após os exames de necrópsia.

Segundo o delegado Niki Locatelli, o estrangulamento aconteceu com algo parecido com fio ou cadarço. Para conclusão do inquérito policial, a prisão temporária de Ronaldo dos Santos foi convertida em provisória.

O delegado responsável pela investigação, Niki Locatelli, disse que durante as oitivas na delegacia, Ronaldo estava acompanhado do advogado e decidiu permanecer em silêncio. Com a conversão da prisão temporária em provisória, o objetivo da investigação é finalizar o inquérito policial, destaca Locatelli.

Pai conversa com suspeito

Ele tava sentado tomando vodka no sábado como se nada tivesse acontecido, como se ele não tivesse nem visto nada, ‘de boa’, tranquilinho”, disse o Pai de Laryssa, que procurou o suspeito após saber que ele foi a última pessoa a ter visto ela.

Quando o pai de Laryssa descobriu que Ronaldo poderia ter sido a última pessoa a ver Laryssa, Carlos decidiu ir conversar com ele e encontrou o suspeito sentado na calçada de uma tabacaria “tomando vodka no sábado a noite como se nada tivesse acontecido”.

“Ele falou ‘ah rapaz ela chegou mesmo ontem aqui comigo embriagada, trocando as pernas’, mas eu tinha olhado as câmeras e ela não tava trocando as pernas bêbada”, comenta.

“Eu perguntei se ele tava disposto a procurar ela e ele falou que faria qualquer coisa pra poder achar ela”. Na conversa, Carlos começou a desconfiar que Ronaldo estava escondendo algo porque seus relatos do que aconteceu pareciam confusos. Ele teria dito que levou Laryssa até certo ponto do caminho e de lá ela foi embora com dois rapazes.

“E pedi pra ele ir na polícia comigo falar onde foi que você deixou ela certinho, pra gente ter um ponto de referência e procurar em volta. Ele falou que ia, mas primeiro precisa entrar em contato com o advogado porque só ia com advogado”, relembra o pai.

 

 

Diário da Amazônia

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