Investigações apontam que suspeito atraiu a vítima até a sua casa com o pretexto de vender para ela uma pia. Ele alega que não se lembra do que aconteceu porque ingeriu bebida alcoólica e usou crack.
O inquérito que apurou a morte de Ângela Maria Silva Duarte foi concluído nesta segunda-feira (21) pela Polícia Civil de Ji-Paraná (RO). As investigações apontaram que o suspeito estuprou, matou a vítima asfixiada e escondeu seu corpo em um guarda-roupas.
Segundo apurado pelo delegado Luís Carlos Hora, o suspeito é vizinho de Ângela e realizava serviços de reparos nos móveis dela. No dia do crime, ele atraiu a vítima até a sua casa com o pretexto de vender para ela uma pia.
Durante o processo de apuração, foi realizada uma autópsia no corpo de Ângela que confirmou a presença de sêmen em suas partes íntimas, além de sinais claros de asfixia e diversos ferimentos espalhados pelo pescoço e joelho.
Em depoimento, o suspeito alegou que não se lembra do que aconteceu porque teria ingerido um litro inteiro de vodca e fumado 10 pedras de crack. Para o delegado Luís Carlos, “tudo que ele disse é mentiroso”.
“Não foi encontrada nenhuma garrafa de vodca na casa, nem sinais de uso de crack. É ainda mentirosa a versão porque a vodca associada ao crack tem efeito estimulante do cérebro. Se ele tivesse ingerido estas drogas, não se esqueceria de nada”, apontou o delegado.
O crime
No dia 5 de janeiro o companheiro com quem Ângela vivia chegou em casa e não encontrou ela. A motocicleta dela estava na residência. No local a porta da casa estava aberta e o ventilador ligado.
Diante da desconfiança ele decidiu ir até a casa do vizinho, que seria a última pessoa a ter contato com a mulher já que ele estava fazendo trabalhos de reparos nos móveis. Na primeira tentativa ele não atendeu.
Preocupado, o homem decidiu acionar familiares e procurar Ângela pelas imediações. Eles tentaram novamente conversar com o vizinho que atendeu e disse que não sabia onde a vítima estava.
Ele chegou ainda a alegar que tinha visto uma mulher em um carro prata parando na frente da casa de Ângela e levando ela para algum lugar. No entanto, quando questionados, nenhum dos outros vizinhos teriam visto o carro. No dia seguinte, 6 de janeiro, os familiares decidiram registrar boletim de ocorrência de desaparecimento.
No início da tarde do mesmo dia, o companheiro de Ângela conseguiu entrar na residência do suspeito com ajuda de um familiar e encontrou o corpo nu da mulher dentro de um guarda-roupas.
O suspeito foi preso preventivamente no dia 7 de janeiro, enquanto se escondia em uma fazenda localizada na zona rural de Rondolândia (MT), aproximadamente 150 quilômetros distante do perímetro urbano. Ele permanece preso.
Após conclusão do inquérito, o caso foi encaminhado ao Ministério Público de Rondônia (MP-RO) que deve avaliar e apresentar denúncia ao Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO). Segundo a delegacia de homicídios de Ji-Paraná, a pena do estupro com resultado morte vai de 12 a 30 anos e ocultação do cadáver de 1 a 3 anos.
Por: G1/RO