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História: Senadoras comemoram 90 anos do voto feminino no Brasil


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(Foto: TSE/Reprodução)

Os 90 anos do voto feminino no Brasil foram comemorados nesta quinta-feira (24) em sessão especial remota do Senado.

“Desde que o notável ato legal que é conhecido como o direito de voto às mulheres foi adotado, o Brasil avançou ainda mais com as medidas legais já implementadas, como cotas de gênero, mudanças na legislação eleitoral, visando a introduzir incentivos para que os partidos políticos incluam mulheres nas listas partidárias, vantagens através do tempo de transmissão e financiamento”,disse a representante da ONU Mulheres no Brasil, Anastasia Divinskaya.

Segundo representante da ONU Mulheres, tudo isso resultou no aumento do número de mulheres no Congresso Nacional nas últimas eleições.

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Anastasia Divinskaya lembrou que hoje há mais mulheres negras no cenário político brasileiro e que foi eleita a primeira mulher indígena, “trazendo a diversidade e uma representação mais justa de democracia brasileira para o Poder Legislativo”. A ONU Mulheres é a entidade da Organização das Nações Unidas destinada a promover o empoderamento da mulher e a igualdade de gênero.

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A senadora Leila Barros (Cidadania-DF), que presidiu sessão, falou sobre a importância que o direito ao voto trouxe para o exercício de tantos outros direitos pelas mulheres e ressaltou que essa conquista pode ser considerada algo recente. “É igualmente uma lembrança de que a curta democracia brasileira ainda carece de muitos dispositivos que possam assegurar a equidade política entre os gêneros”, afirmou.

Para a senadora Lídice da Mata (PSB-BA), transformar o direito de voto das mulheres no Brasil em direito à participação política e em direito efetivo de ser votada é uma tarefa central dos movimentos de mulheres e de todas aquelas que ocupam espaço de poder na sociedade brasileira, em especial no Parlamento brasileiro.

Já a cientista política Juliana Fratini disse que, embora a lei determine que 30% das candidaturas nas eleições brasileiras sejam de mulheres e que 30% dos recursos de fundos eleitorais sejam destinado a elas, ainda é preciso avançar muito. “Do número de parlamentares hoje que ocupam a Câmara Legislativa Federal, 15% apenas são mulheres, e o mais impressionante é que esses 15% já significam um avanço grandioso, porque foi o dobro do que era na legislatura passada.”

Juliana lembrou a lei que determina aos partidos lançar 30% de candidaturas femininas e acrescentou: “aí, a gente tem uma eleição em que 15% só de mulheres são eleitas para a Câmara, para todas as vagas da Câmara. É a metade já do que a lei já facilita. Então, a gente tem um caminho muito grande a trilhar nesse sentido.”

Vagas de mandato

A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) destacou outra conquista recente das mulheres, alcançada em 2021 no Senado: a criação da bancada feminina. Muito atuante na Casa, o grupo,tem assento no colégio de líderes e tempo de fala no plenário do Senado para defender propostas pela liderança.

Atual líder da bancada, Eliziane apresentou proposta que estabelece vagas de mandato. “A Argentina fez isso, o Chile fez isso, vários países, aqui na América, fizeram isso. Você pega a Europa, a Alemanha, a Inglaterra, você vai vendo lá, eles estabeleceram cotas em nível de partidos, ou seja, você amplia essa participação dentro do partido, você consegue, na verdade, reverberar”, afirmou.

A senadora ressaltou ainda a importância de as mulheres ocuparem espaços de comando nos partidos. “Hoje, inclusive,  estão se retomando os programas de propaganda partidária. É o partido. Quem é que decide as candidaturas? É o partido. E quem é que está comandando o partido? Os homens. Ou seja, a gente precisa estar lá”, disse Eliziane. Quando as mulheres ocupam essas vagas, o resultado também é diferente, ressaltou.

Simone Tebet (MDB-MS), por sua vez, pediu apoio para um esforço concentrado na Câmara dos Deputados com objetivo de aprovar proposta de sua autoria que iguala homens e mulheres em salários na iniciativa privada. “O Senado já aprovou, porque esse é o ponto mais importante no projeto da pauta política institucional.”

Fonte: Agência Brasil

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