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Superlotação no João Paulo II: paciente relata estar há quase uma semana sem atendimento correto




(Foto: Ilustrativa)

“Eu estou há quatro dias cheirando essa parede com dor, nem medicado hoje eu fui mais. Estou aqui jogado”. Esse foi o desabafo do paciente Fábio Pinheiro Gomes, de 49 anos, que está internado em um dos corredores do Hospital João Paulo II, em Porto Velho. A unidade passa, mais uma vez, por superlotação.

Conforme a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), o hospital tem capacidade de internação de no máximo 120 pacientes. Até quarta-feira (3), 172 pessoas estavam internadas na unidade, sendo 35 em Unidades de Terapia Intensiva.

Na quarta-feira (3), o paciente Fábio explicou à Rede Amazônica que deu entrada no hospital no dia 31 de outubro por um problema na coluna, mas ainda não tinha recebido atendimento. No mesmo dia, o diretor da unidade, Enoque do Carmo, informou que o paciente já havia sido atendido e que apenas aguardava por um exame de ressonância magnética.

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Contudo, na quinta-feira (4), o paciente enviou um vídeo à imprensa contando que ainda estava sem atendimento e que após a repercussão da situação dele na mídia, a sua medicação teria sido suspensa.

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“A cada dia aqui fica pior, isso não vai para frente não. Agora que todo mundo está sabendo, até minha insulina cortaram”, contou.

Rede Amazônia tentou respostas com a Sesau, mas até a publicação desta matéria não recebeu retorno.

Situação recorrente

Os mais de 50 pacientes que estão acima da capacidade do hospital, estão internados em macas adicionais em enfermarias, nos corredores e em colchões no chão. Essa situação é recorrente no pronto-socorro, tanto que, em julho e agosto, mais de 60 pacientes foram transferidos para o Hospital Santa Marcelina e para o Hospital de Base.

Na época, o secretário de saúde, Fernando Máximo, disse que para ampliar o número de leitos é preciso esperar a construção de uma nova unidade, mas ainda sem data de entrega. De acordo com o diretor do hospital, a superlotação no pronto-socorro João Paulo II custa cerca de R$ 3 milhões por mês ao Estado.

Nesta semana, acompanhantes e pacientes internados enviaram vídeos à Rede Amazônica mostrando o atual estado de lotação do hospital.

Na segunda-feira (1º), o Conselho Regional de Enfermagem de Rondônia (Coren-RO), a Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) e o Conselho Regional de Medicina (Cremero) estiveram no pronto-socorro para uma fiscalização e apontaram, além da superlotação, outras várias irregularidades, principalmente no centro cirúrgico.

Segundo o presidente do Cremero, Robinson Machado, o relatório da fiscalização deve sair na próxima sexta-feira (12), e todas as irregularidades encontradas já foram encaminhadas à direção da unidade.

Fonte: G1RO
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