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Em memória: PC de Vilhena elucida caso de denunciação caluniosa de homem que acusou vítima de ser assaltante e que faleceu logo após intervenção policial


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(Foto: Folha de Vilhena)

O desfecho trágico de uma notícia de suposto crime de roubo com emprego de arma de fogo, foi elucidado pela Polícia Civil de Rondônia, por meio do Departamento de Homicídios de Vilhena, em coletiva de imprensa. A reunião aconteceu durante a manhã desta segunda-feira (22 de novembro), com o Delegado de Polícia Civil, Núbio Lopes.

Na coletiva de imprensa, Núbio Lopes comentou sobre a investigação que elucidou o que efetivamente realmente ocorreu em 01 de novembro de 2020. À época, DOMINGOS DE SOUZA FRANCISCO, foi morto em abordagem policial, após ser acusado por um motorista de ônibus de que aquele lhe tentou assaltar, com arma de fogo.

O caso e o fato da vítima ter sido acusada de ser assaltante, gerou revolta na família e amigos de DOMINGOS e, no decorrer das investigações, o motivo da revolta ficou evidente para o Departamento de Homicídios.

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O DEPOIMENTO DO ACUSADO

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Segundo o indiciado por denunciação caluniosa, num primeiro momento das investigações criminais, alegou em seu depoimento que teria sido vítima de uma tentativa de assalto, no qual DOMINGOS DE SOUZA seria o autor, na companhia de outrem. Enquanto corria atrás do suspeito de roubo, o indiciado defrontou com uma viatura policial e denunciou DOMINGOS, dizendo que ele estava armado e que era assaltante.

Os policiais que seguiam para outra ocorrência de menor periculosidade, resolveram prestar socorro ao denunciante e foram atrás de DOMINGOS, momento em que os fatos tiveram seu fim trágico.

Porém, durante a investigação da Polícia Civil, vários indícios que não sustentavam a versão dada pelo acusado começaram a surgir. A vida e conduta de DOMINGOS foi investigada e restou constatado que ele era um homem comum, trabalhador e que não tinha nenhum vínculo com crimes de qualquer natureza, exceto o de porte de arma, pois, ele portava arma de fogo, sem autorização legal para tanto.

Diante das investigações, a investigação chamou novamente o indiciado para depor. Foi nesse momento que ele confessou que o caso não havia se tratado de um assalto e sim de uma briga originada por um suposto “acidente”, pois, DOMINGOS parou em local onde uma suposta vítima de atropelamento estava sendo atendida (mas a vítima não tinha sido atropelada).

A VERDADE SOBRE OS FATOS

(Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal)

Foi então que a Polícia Civil, por meio do Departamento de Homicídios, conseguiu descobrir o que realmente aconteceu naquele 01 de novembro de 2020. DOMINGOS DE SOUZA FRANCISCO nunca havia cometido crime algum, sendo apenas vítima de uma denunciação caluniosa e da sequência de fatos que acabaram em sua morte.

Tudo começou quando DOMINGOS saiu de uma confraternização em Vilhena e seguia para sua casa na Zona Rural. Ao passar por uma aglomeração na BR-364 em frente à Avenida Melvin Jhones (suposto atropelamento), DOMINGOS resolveu parar para ver o que estava acontecendo e começou a se envolver emocionalmente com o que ele achou ser a cena de um acidente de trânsito.

Exaltado, ele e o motorista do ônibus envolvido na ocorrência e indiciado no inquérito começaram a discutir. Neste momento, segundo câmeras de segurança, o motorista teria entrado dentro do ônibus e DOMINGOS teria saído correndo (mesmo portando uma arma de fogo).

No calor dos acontecimentos, o motorista começou a correr atrás de DOMINGOS até o entroncamento da Avenida Melvin Jhones com a Avenida Celso Mazzuti, ocasião em que o motorista se deparou com a Polícia Militar. Foi neste instante que o indiciado teria tomado a decisão de denunciar DOMINGOS, afirmando que ele era assaltante e estava armado.

Foi confirmado pela Polícia Civil, por meio de investigação, que DOMINGOS portava sim uma arma ilegal, mas apenas numa tentativa de se proteger. Alguns dias antes, ele teria entrado em desavença com um homem e temendo por sua vida ou de ser emboscado, decidiu andar armado.

Mas durante a ocorrência, algo deu errado e a vítima foi morta confundida com um assaltante, já que o indiciado teria induzido a PM a acreditar nesta linha do depoimento.

O ENVOLVIMENTO DOS POLICIAIS

Durante a investigação da Polícia Civil, vários indícios contando com o fato de que os policiais foram ludibriados a reconhecer DOMINGOS como um bandido armado e perigoso levaram o Departamento de Homicídios a considerar que a PM não teve a intenção de matar um inocente.

De acordo com o depoimento dos policiais, quando foram abordados pelo indiciado receberam a informação de DOMINGOS era um assaltante armado e foram em busca do suposto suspeito. Neste momento, a vítima teria virado “de encontro” à viatura policial, instante em que a PM fez a abordagem.

Ainda conforme os relatos, Domingos teria agido de maneira suspeita como se fosse atirar contra um dos policiais que atendiam a ocorrência. Foi nessa hora que os disparos foram efetuados.

No local dos fatos, sete disparos contra o chão foram identificados. No corpo da vítima, dois disparos atingiram a região abaixo das nádegas e outros dois na altura da bacia, um de raspão no joelho e outro atingiu o ombro e atravessou rumo ao coração (disparo que ocasionou a morte).

Núbio Lopes comentou que a investigação considerou sim que houve um excesso de reação em relação ao acontecimento. Mas que, apurados os fatos, não houve conclusão que afirmasse que houve intenção de matar, por parte dos policiais, já que a maioria dos tiros atingiram a parte inferior do corpo.

CONCLUSÃO

O caso foi encerrado pela Delegacia de Homicídios. O motorista de ônibus foi indiciado por crime de denunciação caluniosa e deverá responder pela conduta.

Os policiais não foram indiciados por falta de indícios que comprovem qual deles foi o autor do disparo letal, ou seja, o que resultou na morte não desejada de DOMINGOS, de acordo com a conclusão da perícia criminal.

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