Rondônia registrou 462 focos de queimadas apenas nesta segunda-feira (23), conforme dados coletados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) através do satélite de referência. O número é o maior já registrado este ano e 310% maior que o do mesmo dia do ano passado.
Entre os dias 1º e 23 de agosto de 2021 já foram captados 3.278 focos de fogo em todo o estado, superando os 3.087 registrados em todo o mês de agosto em 2020.
Focos de queimadas em agosto
2020 | 2021 | |
Focos no dia 23 de agosto | 149 | 462 |
Focos entre os dias 1º e 23 de agosto | 2.288 | 3.278 |
Focos em todo o mês de agosto | 3.078 | – |
Porto Velho é o maior município de Rondônia e também o que concentra o maior número de queimadas. Só este mês já foram captados mais de 1,4 mil focos de calor, representando 43,6% do todo.
Em segundo lugar fica Candeias do Jamari, na Região Metropolitana, com mais de 560 pontos de queimadas captados entre os dias 1º e 23 de agosto.
- Porto Velho – 1429
- Candeias do Jamari – 568
- Cujubim – 426
- Nova Mamoré – 310
- Machadinho D’Oeste – 92
- Vilhena – 48
- Governador Jorge Teixeira – 45
- Pimenta Bueno – 34
- Buritis – 29
- Campo Novo de Rondônia – 29
Também foram registradas queimadas em: Alto Paraíso (27), Nova União (26), Guajará-Mirim (22), Rolim de Moura (22), São Francisco do Guaporé (18), São Miguel do Guaporé (14), Ariquemes (12), Alta Floresta D’Oeste (11), Nova Brasilândia D’Oeste (11), Monte Negro (9), Theobroma (9), Cacaulândia (8), Chupinguaia (8), Itapuã do Oeste (8), Ji-Paraná (8), Pimenteiras do Oeste (7), Seringueiras (7), Corumbiara (6), Rio Crespo (5), Cacoal (4), Espigão D’Oeste (4), Cabixi (3), Costa Marques (3), Mirante da Serra (3), Castanheiras (2), Cerejeiras (2), Jaru (2), Presidente Médici (2), Teixeirópolis (2), Alto Alegre dos Parecis (1), Ouro Preto do Oeste (1) e Urupá (1).
Apenas 10 dos 52 municípios de Rondônia não registraram queimadas este mês.
Além das áreas urbanas e rurais, os incêndios também atingem áreas de preservação como florestas nacionais, terras indígenas e áreas de conservação estaduais e federais.
A área mais atingida foi a Reserva Extrativista Jaci-Paraná, com mais de 230 pontos de fogo até esta segunda-feira (23).
Inpe
O Inpe realiza medições desde 1986, após ter realizado um experimento de campo em conjunto com pesquisadores da Nasa. O sistema foi aperfeiçoado em 1998 após a criação de um programa no Ibama para controlar as queimadas no país. Os dados da série histórica estão disponíveis desde junho de 1998.
Um foco precisa ter pelo menos 30 metros de extensão por 1 metro de largura para que os chamados satélites de órbita possam detectá-lo. No caso dos satélites geoestacionários, a frente de fogo precisa ter o dobro de tamanho para ser localizada.
Fonte: G1/RO