Após duas semanas do final das Olimpíadas, novamente os olhos se voltam para Tóquio, no Japão. A partir desta terça-feira (24), atletas de todo o mundo vão disputar as Paralimpíadas. Entre eles, três são nascidos em Rondônia e competem em modalidades do atletismo.
Quem são eles?
Kesley Josue Teodoro
- Modalidade: Atletismo 100m
- Classe: T12 (atleta com baixa visão)
Atleta de 30 anos e natural de Rolim de Moura (RO). Nos primeiros anos da infância, Kesley apresentou sintomas de uma patologia genética que afeta a retina, chamada doença de Stargardt. Ele conheceu o atletismo através da sua irmã, Ketyla, que sofre da mesma doença genética, e que estava no ensino médio quando foi convidada a participar das Paralímpiadas Escolares, em 2012.
Kesley já tinha se formado, mas seus pais afirmaram que só deixariam Ketyla ir até São Paulo se o irmão a acompanhasse. O técnico que convidou sua irmã percebeu que o atleta também poderia correr e ele iniciou sua carreira também nas Paralímpiadas Escolares.
- Principais conquistas: Quarto lugar nos 100m nos Jogos Paralímpicos Rio 2016
- Ranking internacional: 9º lugar nos 100m
- Participações Paralímpicas: 1 (Rio 2016)
Ketyla Teodoro
- Modalidade: Atletismo 200m e 400m
- Classe: T12 (atleta com baixa visão)
Ketyla tem 25 anos e é natural de Rolim de Moura (RO). A paratleta é irmã do competidor Kesley e tem a mesma doença genética do irmão, a patologia de Stargardt. Ela enxergou até os 12 anos, quando sua visão piorou rapidamente e hoje ela só enxerga de 5% a 10%. A atleta conheceu o esporte paralímpico no último ano do ensino médio, quando um treinador de um clube em Rondônia buscava atletas para participar das Paralímpiadas Escolares de 2012.
- Principais conquistas: Bronze nos 400m nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019.
- Ranking Internacional: Terceiro lugar nos 200m e 400m.
- Participação Paralímpica: 0
Mateus Evangelista
- Modalidade: Atletismo 100m e salto a distância
- Classe: T37 (atleta com coordenação limitada)
Atleta de 27 anos e natural de Porto Velho. Na hora do parto, Mateus teve falta de oxigenação no cérebro e, como sequela, o lado direito de seu corpo ficou comprometido. Aos 12 anos, assistiu a uma palestra sobre esporte paralímpico em sua escola e decidiu falar com os responsáveis para conhecer as modalidades e a partir disso, começou no atletismo.
- Principais conquistas: Prata no salto em distância no Mundial Dubai 2019; ouro nos 100m, prata nos 200m e no salto em distância nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019; ouro nos 100m, prata nos 200m e prata no salto em distância no Mundial Londres 2017; prata no salto em distância nos Jogos Paralímpicos Rio 2016; ouro nos 100m, nos 200m e no salto em distância nos Jogos Parapan-Americanos Toronto 2015.
- Ranking internacional: 9º lugar no salto a distância e 5º lugar nos 100m (50 segundos a menos que o primeiro colocado).
- Participações Paralímpicas: 1 (Rio 2016)
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Por: Rede Amazônica