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A três meses do Enem, alunos do ensino médio retomam parcialmente aulas presenciais em RO


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Alunos do ensino médio retomam parcialmente aulas presenciais em RO — Foto: Ana Kézia Gomes/G1

A três meses do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), aproximadamente 48 mil alunos de Rondônia mudaram suas rotinas e retornaram ao ensino presencial nesta segunda-feira (9). A escola estadual Major Guapindaia, em Porto Velho, atende cerca de 1,4 mil alunos das séries finais, mas apenas os estudantes do “terceirão” voltaram à escola.

As aulas acontecem no auditório da instituição. Ele tem capacidade para 400 estudantes e recebe 40 alunos no turno da manhã e outros 40 no período vespertino. Aqueles que continuam com as aulas remotas acompanham tudo que acontece no auditório através de plataformas digitais.

A escola estava fechada há um ano e sete meses. Nesse primeiro momento a direção pretende passar cerca de 15 dias com o número reduzido de alunos para adaptação.

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“As atividades seguem no ensino híbrido. A mesma aula que o aluno tem aqui na escola também recebe aquele que está em casa. Entendemos que essa não é uma realidade do país, pois têm que ter equipamentos, internet, então há várias formas de ensino. Sabemos que há escolas em que o professor dá uma aula presencial e em outro horário, em casa, ele leciona para os alunos que estão no ensino remoto”, disse Célio Leandro da Silva, diretor da escola Major Guapindaia.

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Alunas na escola Major Guapindaia — Foto: Ana Kézia Gomes/G1

As alunas Francisca Rafaela, de 19 anos, e Rilary da Silva Barros, de 18 anos, cursaram parte do segundo ano do ensino médio durante a pandemia e permanecem em casa durante o terceiro.

Rilary, pela manhã, assiste as aulas remotas da escola e no período da tarde faz um cursinho específico para o Enem. Já Francisca, além de vídeo-aulas no YouTube, aproveita a plataforma da própria escola para revisar os conteúdos.

“Com a pandemia a produtividade caiu bastante, aconteceram vários problemas, não necessariamente no ensino em si, mas por causa das perdas familiares e em acompanhar à distância os nossos professores que acabaram pegando Covid, tudo isso vai abalando o aluno”, comenta Rilary.

As colegas de escola estão entre os estudantes que nunca fizeram o Enem fora da pandemia, em 2020 elas participaram do Exame como treineiras, para adquirir experiência na prova.

“Eram esperados 40 alunos na minha sala do Enem e lembro que foram no máximo sete, isso me deixou mais segura, mas mostra que houve muita desistência. As provas são muito cansativas, o horário vai passando e vindo o nervosismo”, disse Francisca.

A escola Major Guapindaia tem cerca de 450 jovens entre os alunos dos terceiros anos aptos ao Enem. A instituição conta com aulas aos sábados, simulados e projetos específicos para redação para tentar suprir as necessidades em curso.

Ventilação, uso de máscaras e distanciamento

Lavatórios na escola Major Guapindaia em Porto Velho — Foto: Ana Kézia Gomes/G1

Apesar da imunização contra Covid-19, com pelo menos uma dose, entre os profissionais de educação, a vacinação em menores de 18 anos de idade ainda não avançou em Rondônia. Para evitar que a transmissão do coronavírus aumente com o reinício das aulas, especialistas recomendam que pais e responsáveis verifiquem a ventilação dos ambientes, cobrem o uso de máscaras adequadas e o distanciamento antes de enviar os filhos para aulas presenciais.

Para o doutor em engenharia biomédica e pesquisador na Universidade de Vermont, nos Estados Unidos, Vitor Mori, o retorno presencial às aulas já é uma realidade. Logo, a discussão precisa evoluir para como fazê-la com segurança.

“Discutir as formas de retornar às aulas de maneira segura é fundamental. Muitas crianças dependem da escola para alimentação, segurança ou mesmo para continuar com os estudos, já que nem todos têm acesso à internet”, afirma Mori.

Segundo a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), para os alunos que continuam em casa por decisão da família, seguem sendo ofertadas as aulas online. Para quem retorna, é obrigatório uso de máscaras e as escolas devem organizar a disponibilidade de produtos de higiene.

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