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Indígenas e entidades protestam em Porto Velho contra projeto que dificulta demarcação de terras


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Indígenas e entidades realizaram um protesto, nesta quarta-feira (30), na Praça das 3 Caixas D’Água, na região central e histórica de Porto Velho. O ato foi contra a votação do projeto de lei 490/2007, que dificulta a demarcação de terras indígenas.

O protesto em Porto Velho foi organizado pela Juventude Indígena de Rondônia, com representantes de algumas etnias, como Suruí e Uru-Eu-Wau-Wau.

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O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e a Canindé também participaram da manifestação.

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À Rede Amazônica, a Canindé informou que de 28 áreas indígenas, 21 estão demarcadas. Cinco delas foram feitas depois da promulgação da Constituição de 1988, incluindo a Karipuna, que é uma uma das Terras Indígenas mais invadidas.

Segundo a organização, oito das áreas indígenas incluem isolados.

Durante a manhã, os representantes das entidades discursaram contra o projeto Projeto de Lei 490 (que tramita no legislativo em Brasília), que prevê a redução de terra indígena.

O que é debatido no projeto?

O Projeto de Lei 490, de 2007, foi desengavetado pela base governista na Câmara e teve seu texto-base aprovado na CCJ – comissão comandada pela deputada bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF). O grupo político quer altera as demarcações do território e pode permitir o garimpo em terras indígenas.

Uma das maiores polêmicas do projeto é o marco temporal, que prevê que só poderão ser consideradas terras indígenas aquelas que já estavam em posse dos povos no início da Constituição, em 5 de outubro de 1988.

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