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Rondônia é reconhecido internacionalmente como zona livre de aftosa sem vacinação; exportação de carne será ampliada


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Em conquista histórica, o Estado de Rondônia, em parceria com o produtor rural e demais instituições ligadas ao setor agropecuário, finalmente foi reconhecido, na manhã desta quinta-feira (27), como zona livre de febre aftosa sem vacinação.

O anúncio do novo status sanitário foi feito em assembleia geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), na França, e traz consigo a promessa de grandes negócios e oportunidades.

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O presidente da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril (Idaron), Julio Cesar Rocha Peres, explica que o reconhecimento também impõe desafios, que será preciso manter o rigor dos cuidados sanitários e que o produtor rural terá papel ainda mais importante para garantir a manutenção desse novo status sanitário. “O produtor rural, que sempre esteve engajado nas ações desenvolvidas pelo Governo do Estado, continuará a ter grande relevância na prevenção de doenças no nosso gado”, disse Julio.

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Segundo ele, na área da economia, a expectativa é que as exportações aumentem e que este ano de 2021 feche com mais de $ 756 milhões (dólares) em exportação de carne. Outra boa notícia é que, com o reconhecimento internacional, a carne produzida em Rondônia poderá ser exportada para países que pagam melhor pela arroba do boi, como as nações da União Europeia e o Japão.

“Claro que essa conquista não foi por acaso: temos muito a agradecer aos profissionais da Idaron, indistintamente, que sempre se dedicaram ao trabalho, atendendo o produtor em todas as regiões do Estado. Paralelo aos vultosos investimentos feitos pelo Governo de Rondônia, com ações bem direcionadas, a Idaron se instalou em todos os municípios e distritos e, há mais de 20 anos, conseguiu erradicar a febre aftosa, fazendo com que o Estado despontasse entre os maiores produtores de carne bovina do país e ganhasse destaque no agronegócio nacional e internacional”, destacou o presidente.

Ainda sobre o reconhecimento internacional, Julio Cesar explica que o produtor aceitou os desafios e cumpriu todas as exigências impostas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e pela OIE. “Em contrapartida, o Poder Executivo fortaleceu a Idaron, possibilitando o controle de trânsito, a inspeção sanitária e o trabalho de educação sanitária nos municípios, distritos e localidades, em todas as regiões do Estado, inclusive em áreas de rios e mata, onde o acesso é restrito. Isso garante certificação de qualidade ao boi produzido em Rondônia. Hoje, por terra, água ou ar, a Idaron consegue atender o produtor rural, sem restrições”.

INVESTIMENTOS

Já na expectativa de alcançar a chancela da OIE, em apenas dois anos, 2019 e 2020, o Governo de Rondônia investiu mais de R$ 40 milhões na Idaron, com renovação e ampliação da frota, aquisição de um avião anfíbio, reforma de dois barcos que atuam na fronteira, compra de quatro quadriciclos, para acessar áreas de atoleiro e ampliou a rede de comunicação, para que o pecuarista possa acessar os serviços da Agência pela internet ou celular.

“Para este ano, ainda está prevista a aquisição de 11 vans, mais 30 caminhonetes e 20 veículos leves, além de equipamento e material para aprimoramento do trabalho desenvolvido pelos profissionais da Idaron”, afirmou Julio Cesar.

FEFA

Outra peça fundamental nesse processo de erradicação da febre aftosa, além dos próprios criadores e do poder público, é o Fundo Emergencial da Febre Aftosa do Estado de Rondônia (Fefa), criado pela iniciativa privada para reforçar o sistema de defesa sanitária e garantir segurança aos produtores.

“O status mundial de área livre de aftosa é um referencial de primeira linha, algo que os setores da produção almejavam há muito tempo. Para o Fefa, é uma caminhada importante, que começou com a constituição do fundo e com investimentos no fortalecimento do sistema de defesa”, comenta o presidente do Fundo, José Vidal Hilgert.

VANTAGENS

Com a chancela da OIE, Rondônia só tem a ganhar:

  • Redução de perdas na produção leiteira e de carne;
  • Redução das perdas nas carcaças, devido às reações causadas pela vacina;
  • Redução da queda em abortos na Inseminação a Tempo Fixo (IATF) e
  • Facilita o acesso a mercados atraentes do circuito não aftósico.
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