O Governo de Rondônia orientou nesta quarta-feira (12) às regionais de saúde e secretarias municipais de saúde para interromperem temporariamente a vacinação contra Covid-19 em gestantes e puérperas (mulheres com bebês com até 45 dias de nascidos) com a vacina Oxford/AstraZeneca.
A decisão segue o pedido do Ministério da Saúde para que a vacinação de grávidas e de puérperas seja restrita somente às mulheres com comorbidades (doenças pré-existentes) e elas devem receber apenas as vacinas CoronaVac e Pfizer.
Para que esse grupo com comorbidades seja vacinado, as mulheres devem comprovar a condição de risco por meio de exames, receitas, relatório médico e prescrição médica.
Segundo a Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) sobre as gestantes sem comorbidades que já receberam a primeira dose da vacina, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) ainda emitirá nota técnica com orientações a serem seguidas.
“O Governo de Rondônia, por meio da Agevisa, seguirá as orientações do PNI acerca do esquema vacinal e publicaremos a decisão para que as gestantes de nosso Estado saibam como proceder”, comunicou a agência.
Na tarde da última terça-feira, todos os municípios de Rondônia foram orientados a paralisar a vacinação contra Covid-19 em grávidas, independente da fabricante do imunizante. A orientação foi emitida de maneira preventiva pelo governo do estado antes do governo federal se posicionar.
Durante a noite o Ministério da Saúde decidiu só vacinar grávidas com comorbidades e vetou o uso da vacina da AstraZeneca. A determinação vale até que sejam concluídas as análises de um caso raro de morte de uma gestante de 35 anos por causa de um acidente vascular cerebral hemorrágico (AVC) que pode ter ligação com o uso da vacina AstraZeneca.
O óbito ainda está em investigação e, segundo o governo federal, ainda não está comprovado que a vacinação tenha causado a complicação na gestante.