Na próxima semana começa a vacinação contra covid-19 de parte dos grupos prioritários de pacientes com comorbidades em Vilhena. Todos que se enquadram na lista de doenças definida pelo Ministério da Saúde devem solicitar atestado médico atualizado nos postos de saúde da rede pública da Prefeitura de Vilhena a fim de comprovar a presença da comorbidade no dia da vacinação.
De acordo com o Setor de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), a comprovação segue as normas do Ministério da Saúde e garante que apenas aqueles que realmente tenham direito à prioridade na vacinação sejam atendidos nesta fase.
“Nos adiantamos neste processo porque sabemos que são milhares de pessoas que devem ser contempladas nesta fase. Devemos receber mais vacinas para primeira dose nos próximos dias e, assim, poderemos dar continuidade na imunização em Vilhena com os grupos de comorbidades com menos de 60 anos. Os agentes comunitários de saúde já estão fazendo há cerca de um mês um grande trabalho junto aos pacientes que atendemos nos postos de saúde: eles estão procurando os pacientes e alertando para a necessidade de emissão deste atestado médico atualizado da comorbidade que a pessoa tem”, explica Sueli Aparecida da Silva, coordenadora do Setor de Imunização.
Aqueles que não fazem tratamento no SUS ou que não foram procurados ainda pelos agentes, devem se dirigir aos postinhos de saúde para solicitar a emissão de atestado médico atualizado específico para a vacinação contra a covid-19. O documento será necessário para que o paciente possa receber o imunizante.
“A ordem de vacinação será por idade dentro do grupo de comorbidades. Visto que já foi aberto período de vacinação para todos acima de 60 anos, a próxima etapa, na semana que vem, começa com pacientes que tenham comorbidades e tenham 59 anos. Depois, 58 anos. E assim sucessivamente. É um grupo com muitos pacientes e não queremos aglomerações ou confusões. A data e local serão divulgados assim que recebermos e catalogarmos todas as vacinas nesta semana”, explica Siclinda Raasch, enfermeira e secretária municipal de Saúde.
Conforme orientação do Ministério da Saúde no último dia 4 de maio, para emissão do atestado atualizado serão aceitos como documento comprobatório da comorbidade os quatro tipos de comprovantes a seguir:
(1) laudos, (2) declarações, (3) prescrições médicas ou (4) relatórios médicos com descritivo ou CID da doença ou condição de saúde, CPF ou CNS do usuário, assinado e carimbado, em versão original.
CRONOGRAMA – No próximo dia 10 de maio, das 8h às 13h, começa a vacinação de pacientes com síndrome de down, na Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais). É necessário apresentação de comprovante da trissomia 21, distúrbio genético em que uma pessoa tem três cópias de um cromossomo em vez de duas, causando a síndrome de down. Serão aceitos para este público laudos, declarações, prescrições médicas ou relatórios médicos com descritivo ou CID da doença ou condição de saúde, CPF ou CNS do usuário, assinado e carimbado, em versão original.
Na segunda-feira também começa a vacinação de doentes crônicos renais, no Instituto do Rim. A imunização seguirá a agenda de sessões de tratamento nos dias 10 e 11, com previsão de vacinar cerca de 40 pessoas.
Três outros públicos devem começar a ser vacinados na semana que vem na cidade, mas data e local ainda serão divulgados nos próximos dias: (1) gestantes e puérperas (mães com bebês de até 45 dias) com comorbidades, (2) deficientes permanentes que recebam Benefício de Prestação Continuada da Lei Orgânica da Assistência Social (BPC/LOAS) e (3) pacientes com 59 e 58 anos que tenham alguma das mais de 20 comorbidades definidas pelo Ministério da Saúde como pertencentes ao grupo prioritário.
COMORBIDADES PRIORITÁRIAS – A lista de comorbidades consideradas motivo de incluir o paciente como prioritário na vacinação e sua descrição detalhada segue abaixo, conforme página 27 do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra Covid-19, do Ministério da Saúde, disponível no link: https://www.gov.br/saude/pt-br/media/pdf/2021/marco/23/plano-nacional-de-vacinacao-covid-19-de-2021
DIABETES MELLITUS – Qualquer indivíduo com diabetes.
PNEUMOPATIAS CRÔNICAS GRAVES – Indivíduos com pneumopatias graves incluindo doença pulmonar obstrutiva crônica, fibrose cística, fibroses pulmonares, pneumoconioses, displasia broncopulmonar e asma grave (uso recorrente de corticoides sistêmicos, internação prévia por crise asmática).
HIPERTENSÃO ARTERIAL RESISTENTE (HAR) – HAR= Quando a pressão arterial (PA) permanece acima das metas recomendadas com o uso de três ou mais anti-hipertensivos de diferentes classes, em doses máximas preconizadas e toleradas, administradas com frequência, dosagem apropriada e comprovada adesão ou PA controlada em uso de quatro ou mais fármacos antihipertensivos.
HIPERTENSÃO ARTERIAL ESTÁGIO 3 – PA sistólica ≥180mmHg e/ou diastólica ≥110mmHg independente da presença de lesão em órgão-alvo (LOA) ou comorbidade.
HIPERTENSÃO ARTERIAL ESTÁGIOS 1 E 2 COM LESÃO EM ÓRGÃO-ALVO E/OU COMORBIDADE – PA sistólica entre 140 e 179mmHg e/ou diastólica entre 90 e 109mmHg na presença de lesão em órgão-alvo e/ou comorbidade.
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA (IC) – IC com fração de ejeção reduzida, intermediária ou preservada; em estágios B, C ou D, independente de classe funcional da New York Heart Association.
COR-PULMONALE E HIPERTENSÃO PULMONAR – Cor-pulmonale crônico, hipertensão pulmonar primária ou secundária.
CARDIOPATIA HIPERTENSIVA – Cardiopatia hipertensiva (hipertrofia ventricular esquerda ou dilatação, sobrecarga atrial e ventricular, disfunção diastólica e/ou sistólica, lesões em outros órgãos-alvo).
SÍNDROMES CORONARIANAS – Síndromes coronarianas crônicas (Angina Pectoris estável,
cardiopatia isquêmica, pós Infarto Agudo do Miocárdio, outras).
VALVOPATIAS – Lesões valvares com repercussão hemodinâmica ou sintomática ou com comprometimento miocárdico (estenose ou insuficiência aórtica; estenose ou insuficiência mitral; estenose ou insuficiência pulmonar; estenose ou insuficiência tricúspide, e outras).
MIOCARDIOPATIAS E PERICARDIOPATIAS – Miocardiopatias de quaisquer etiologias ou fenótipos; pericardite crônica; cardiopatia reumática.
DOENÇAS DA AORTA, DOS GRANDES VASOS E FÍSTULAS ARTERIOVENOSAS – Aneurismas, dissecções, hematomas da aorta e demais grandes vasos ARRITMIAS CARDÍACAS Arritmias cardíacas com importância clínica e/ou cardiopatia associada (fibrilação e flutter atriais; e outras).
CARDIOPATIAS CONGÊNITA NO ADULTO – Cardiopatias congênitas com repercussão hemodinâmica, crises hipoxêmicas; insuficiência cardíaca; arritmias; comprometimento miocárdico.
PRÓTESES VALVARES E DISPOSITIVOS CARDÍACOS IMPLANTADOS – Portadores de próteses valvares biológicas ou mecânicas; e dispositivos cardíacos implantados (marca-passos, cardio desfibriladores, ressincronizadores, assistência circulatória de média e longa permanência).
DOENÇA CEREBROVASCULAR – Acidente vascular cerebral isquêmico ou hemorrágico; ataque
isquêmico transitório; demência vascular.
DOENÇA RENAL CRÔNICA – Doença renal crônica estágio 3 ou mais (taxa de filtração glomerular < 60 ml/min/1,73 m2) e/ou síndrome nefrótica.
IMUNOSSUPRIMIDOS – Indivíduos transplantados de órgão sólido ou de medula óssea; pessoas vivendo com HIV e CD4 <350 células/mm3; doenças reumáticas imunomediadas sistêmicas em atividade e em uso de dose de prednisona ou equivalente > 10 mg/dia ou recebendo pulsoterapia com corticóide e/ou ciclofosfamida; demais indivíduos em uso de imunossupressores ou com imunodeficiências primárias; pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos 6 meses; neoplasias hematológicas.
ANEMIA FALCIFORME – Anemia falciforme.
OBESIDADE MÓRBIDA – Índice de massa corpórea (IMC) ≥ 40.
SÍNDROME DE DOWN – Trissomia do cromossomo 21.
CIRROSE HEPÁTICA – Cirrose hepática Child-Pugh A, B ou C
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