O Governo de Rondônia, por meio da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), participou da Força Tarefa do Ministério da Saúde (MS) enviada ao Estado do Acre, no dia 14 de março para combater a infestação do mosquito Aedes aegypti. Durante a ação, dois veículos com bombas para o UBV (Ultra Baixo Volume), mais conhecido como “fumacê”tripulados por técnicos operadores foram utilizados. A aplicação de UBV pesado foi direcionada aos quintais, de 2 a 3 minutos em média por quarteirão, perfazendo um total e 23.308 imóveis.
Um mês após o início da atividade, o Núcleo de Doenças Transmitidas por Vetores (NDTV) da Secretaria Estadual de Saúde do Acre (Sesacre), já detecta uma queda no perceptual de notificações de casos de Dengue. O técnico do departamento de Vigilância em Saúde do Acre, Dorian Jinkins de Lima, da Secretaria Estadual de Saúde do Acre (Sesacre), relatou a importância do reforço. “O declínio das curvas de casos prováveis de Dengue nas regiões acreanas de Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia e Xapuri, demonstra uma redução do índice de infestação do mosquito Aedes aegypti obtido no início do mês de abril”.
De acordo com o boletim epidemiológico da Dengue do Estado do Acre, da semana epidemiológica de 1 a 11 que compreende 3 de janeiro até o dia 20 de março, foram notificados 18.013, confirmados 6.935, 6.037 descartados e 5.041 segue em investigação, enquanto do dia 1º de janeiro até o dia 17 de março, Rondônia fez 1.007 notificações dessa endemia.
Os municípios contemplados nessa força-tarefa foram: Rio Branco, Xapuri, Brasileia, Epitaciolândia e Assis Brasil. A decisão se baseou em critérios epidemiológicos, como a incidência de casos e risco de ocorrência de surtos e epidemias. “Nestes municípios ocorreram ações simultâneas, como atividades de educação em saúde, orientando a população sobre os riscos das doenças, mutirão de limpeza e ações de bloqueio de casos com UBV acoplado ao veículo”, explica Dorian.
A diretora-geral da Agevisa, Ana Flora Camargo Gerhardt ficou otimista com os resultados e com a eficiência alcançada. “Em Rondônia temos sido vigilantes no controle dessas endemias, o risco é notório em especial dias de chuvas. Somos solidários à causa acreana, pois o Estado vizinho registrou em janeiro um número significativo de casos de dengue e com o agravante das enchentes precisava urgentemente de um apoio técnico. O trabalho desenvolvido em conjunto é mais uma experiência a ser elencada pela equipe rondoniense”, declarou.
EXPERIÊNCIA
A experiência dos profissionais rondonienses também contribuiu com a eficiência da estratégia. Os operadores de UBV pesado da Agevisa, David Pereira do Santos e Eduardo Miszkoyski, estiveram a frente do trabalho de erradicação de endemias. “A missão no Acre definiu estratégias de controle, com aplicações de 4 horas ao amanhecer do dia e anoitecer”, disse David.
“A modernidade trouxe uma estratégia menos agressiva ao meio ambiente, menor gasto com inseticidas e insumos e um planejamento prévio após vistoria na área para atuação, o que evita uma rotina fora da realidade local”, explicou Miszkoyski.
PARCERIA
A ação conjunta envolveu ainda, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems-Acre), a Organização Pan Americana de Saúde (Opas), a Secretaria Estadual de Saúde do Acre e as Secretarias Municipais de Saúde de Rio Branco.
Os gestores destes órgãos concordam e reforçam que “o papel mais importante nessa luta contra o Aedes aegypti ainda é da população, que deve fazer a limpeza constante dos quintais, a vedação correta dos depósitos de água e evitar o descarte do lixo em locais e horários impróprios”.