Nesta semana o Governo de Rondônia, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) divulgou a identificação de seis variantes da Covid-19 entre os pacientes internados na Rede Pública de Saúde do estado.
Durante um ano de pandemia, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Rondônia vem realizando a vigilância molecular do vírus circulante no estado. De acordo com a fundação, desde o ano passado durante a primeira avaliação realizada, foram identificadas as variantes B.1 e B.1.1 com total de 22 mutações do vírus em Rondônia.
A virologista Dr. Deusilene explica que uma das características inerentes aos vírus é a sua capacidade de sofrer mutações ao longo do tempo. Neste processo, em cada momento que vírus se replica, essas mudanças (mutações) podem ocorrer. Essas mudanças levam a formação das variantes virais. “Isso é definido quando comparamos a primeira sequência identificada com as sequências atuais, utilizando a técnica de sequenciamento de nova geração, na qual são avaliados o genoma completo do vírus e as mutações que ocorreram e que estão ocorrendo”, disse.
De acordo com a virologista, houve mudança nos sintomas apresentados pelas pessoas infectadas no primeiro momento da pandemia e o segundo momento da pandemia. “Essas novas variantes estão com características de alta transmissibilidade, mas também não podemos deixar de relacionar com a evolução para os casos moderados e graves. A Fiocruz Rondônia está realizando um estudo multidisciplinar para avaliar esse processo evolutivo dos casos atuais com a presença dessas variantes”, disse.
Deusilene enfatiza que a atenção com as novas variantes continuam iguais as do começo da pandemia. “Os cuidados são os mesmos e neste momento têm de ser redobrados, pois os dados mostram o aumento no número expressivo de casos assim como pessoas aguardando vagas para a internação ou transferência para outra região para serem atendidos”, pontuou.
Na última semana Rondônia registrou 5.339 novos casos e 141 óbitos pela Covid-19.