O líder do Governo na Assembleia Legislativa, Luizinho Goebel (PV) usou a tribuna na sessão desta terça-feira (30), para repudiar a invasão e a grilagem de terras, ao relatar a ação de grupos, classificados por ele como criminosos, que depredaram uma fazenda produtiva no Cone Sul de Rondônia.
“Quero falar de um ato vergonhoso, inaceitável e que deve ser reprimido com todas as forças, que é a invasão de terras. Temos relatos de propriedades produtivas invadidas por criminosos, por bandidos. Pedi ao governador Marcos Rocha que acionasse as forças de segurança, para acabar com essa onda de invasões e que prenda esses bandidos”, disse Luizinho.
O deputado informou que “uma fazenda estabelecida há 50 anos, que num espaço então isolado, ergueu-se com a força de pioneiros, que se deslocaram a pé e de cacaio nas costas. Depois desse tempo, e essas terras que antes não tinham valor, se tornaram produtivas e valiosas. Depois de tudo pronto e formado, depois de estar produzindo, alguns desocupados invadem essa propriedade, ateando fogo nos barracões, na sede e tendo a área depredada, num ato covarde e de bandidagem”.
Para Goebel, “esse pioneiro deveria ser condecorado, premiado. Veio para cá, quando poucos acreditavam nesse pedaço de Brasil. Teve seus bens destruídos, sua propriedade dilapidada. Meu repúdio a essas ações: não podemos aceitar que isso continue acontecendo. Conflitos no campo já geraram muitas mortes e muitas desavenças. Temos que banir esse tipo de crime”.
Luizinho disse que “quem tem uma propriedade, seja uma fazenda ou uma bicicleta, deve ter seu bem protegido. Defendo o caminho legal e por isso deixo o meu repúdio contra a grilagem, a invasão e a violência no campo”.
Reforma agrária
Segundo o parlamentar, “sou totalmente a favor da reforma agrária e que aquelas famílias que trabalham no campo e que querem trabalhar e produzir, num pedaço de chão, sou totalmente favorável. A União, quando vai fazer um projeto de assentamento, deveria trazer um apoio técnico para ter condições de as famílias terem uma boa renda, para manter a família e a produção no campo”.
Ele repetiu que “sou favorável que brasileiros que têm afinidade com o trabalho na terra, que sejam amparados pelo Estado brasileiro e ganhem seu pedaço de chão para trabalhar, mas condeno as invasões. Mas, não aceito invasões de terra de cidadão que trabalha, que gera emprego e renda. Não podemos aceitar as pessoas de bem, os produtores, serem reféns de bandidos. Agradeço ao governador Marcos Rocha, por ter acionado as forças de segurança e determinado a apuração dos fatos”.
Segundo Goebel, “tem gente do bem que se acompanha, infelizmente, com pessoas do mal. Uma pessoa de bem não merece ser presa e nem estar envolvida com grileiros de terra. Sempre estarei aqui e vou defender o que é certo: fazer assentamento legal e assentar quem realmente merece e quer trabalhar de fato”.