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Incentivos do Governo em projetos de energia solar proporcionam economia à agricultura familiar


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Texto: Andréia Fortini

O Governo de Rondônia, por meio da Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural de Rondônia (Emater), tem incentivado o desenvolvimento da agricultura familiar rondoniense, por meio de projetos de implantação de sistema de energia solar renovável nas propriedades rurais.

Preocupados com o alto custo no consumo de energia elétrica para manter ligadas as câmaras frias, os agricultores José Basone e Marco Belase, de São Felipe do Oeste instalaram placas fotovoltaicas, em suas propriedades. O projeto de financiamento para implantação do sistema de energia solar foi elaborado por extensionistas da Emater, com garantia de cerca de 18 a 20 anos e uma economia que pode chegar a mais de 90%.

Os agricultores, criam gado para produção leiteira e cultivam banana, cacau e tomate. As câmaras frias são essenciais para conservar a produção das frutas, que necessitam de cuidados especiais no pós-colheita. Orientados pelo extensionista da Emater, que elaborou o projeto técnico, Barone e Belase, aderiram ao sistema de energia solar investindo, respectivamente R$ 35 mil e R$ 45 mil, a juros de 2,75% com três anos de carência para pagamento e mais sete anos para quitar a dívida em parcelas anuais. “A satisfação dos produtores está estampada em seus rostos”, garante Barbosa, salientando que a economia que se faz com a instalação desse sistema é muito grande.

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Energia elétrica de fontes renováveis a preços da taxa mínima cobrada pela companhia distribuidora de energia, deixou de ser um sonho. Essa é a realidade de muitos produtores rurais buscam alternativas para minimizar os custos para tocar a propriedade.

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Agricultores familiares de Rondônia, têm procurado os extensionistas da Emater para ajudá-los na elaboração de projetos técnicos para o financiamento de sistemas elétricos com placas fotovoltaicas. O financiamento tem o incentivo do Programa Nacional de Desenvolvimento da Agricultura Familiar (Pronaf), na modalidade Pronaf Eco, uma linha específica para agricultores familiares interessados em desenvolver projetos sustentáveis, visando a melhoria da capacidade produtiva.

O Pronaf Eco, oferece financiamento de até R$ 165 mil, com juros de 2,75% ao ano para instalação dos projetos de energia limpa e renovável, com prazo de até 10 anos para pagamento e carência de cinco anos. Para ter acesso à esse crédito subsidiado, o agricultor familiar deve ter uma Declaração de Aptidão do Pronaf (DAP), que pode ser emitida em qualquer escritório da Emater, onde o produtor tem o auxílio na elaboração de seu projeto técnico para encaminhamento à instituição financeira credenciada.

MAIS ECONOMIA

A energia elétrica rural é item indispensável para o funcionamento dos equipamentos de produção, como trituradores de ração, ordenhadeiras, tanques de resfriamento do leite, e mesmo para a residência. Em São Felipe do Oeste,  produtores rurais que se sentiam pressionados pelo alto custo da energia elétrica, aderiram ao sistema solar e conseguiram uma economia considerável, reduzindo o valor gasto na conta de luz a valores mínimos da taxa de manutenção da rede elétrica para as áreas rurais do município.

O extensionista Paulo Leôncio Barbosa, do escritório local da Emater em São Felipe do Oeste, fala da experiência do agricultor Juraci Toresani, orientado por ele, que instalou um sistema com 17 placas fotovoltaicas a um custo de R$ 21 mil. Ele interligou o sistema à rede elétrica da companhia concessionária de energia elétrica em Rondônia e conseguiu reduzir a conta de luz, que era de R$ 700 para R$ 36, uma economia de quase 95%. Casos semelhantes são relatados por produtores de outras regiões, como é o caso de proprietários de fazendas no município de Cacaulândia, na região do Vale do Jamari.

A produção de energia solar está diretamente relacionada com a quantidade de horas e intensidade da radiação solar que recebe, podendo até gerar um excedente de energia durante os meses com maior insolação. “Pode inclusive, acumular créditos de energia para compensação em meses com menor produção, ou mesmo abater na conta de energia de outro imóvel”, explica Barbosa.

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