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Porto Velho: Prefeito afirma que sistema de saúde do município está em colapso


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(Foto: Reprodução)

Em Porto Velho, o sistema hospitalar para o tratamento da Covid-19 está sob pressão: 100% dos leitos públicos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) reservados para pacientes contaminados com o coronavírus estão lotados; nos leitos clínicos disponíveis, a ocupação está próxima dos 80%.

De acordo com Hildon, desde o início da pandemia o município passou de 23 para 73 leitos de internação e de 5 para 23 respiradores disponíveis. Ainda assim, os esforços não têm sido suficientes para atender a todos os pacientes que precisam de internação.

O motivo para a situação em Porto Velho, de acordo com o prefeito, é que quando um paciente é atendido em uma unidade de saúde do município e precisa de internação, ele é encaminhado a um hospital estadual. Em Porto Velho, todos os seis hospitais do Estado estão sem leitos de UTI disponíveis. Com isso, o Município não tem para onde enviar os pacientes.

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“Estamos com todas as unidades de atendimento lotadas, o Governo do Estado também, porque o fluxo funciona da seguinte forma: o paciente é atendido no Call Center, do Call Center é encaminhado para uma unidade de saúde do município e, sendo um estado grave, esse paciente deve ser encaminhado para uma das unidades do Governo do Estado. A medida que colapsa os atendimentos do Estado, a prefeitura não consegue mandar e também não consegue receber mais pacientes”.

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O aumento no número de novos casos diários e de internações em algumas cidades interior do estado e em municípios do Amazonas, que são atendidos por Porto Velho, também impacta no numero de leitos disponíveis.

“Isso coloca em estresse todo o sistema de saúde da capital, tanto do município quando do estado. Ontem não conseguimos nenhuma vaga na rede municipal para internação. Três ou quatro vagas foram concedidas para pacientes graves do interior. No começo da pandemia a maioria dos casos era na capital, e isso era bom porque o município conseguia atender a demanda da capital, hoje como tem muitos casos no interior, a capital não tá dando conta de atender todo mundo”.

O prefeito levantou a hipótese da mutação do novo coronavírus que foi identificada em Manaus ter chegado em Porto Velho, o que ainda não foi confirmado pelas autoridades de saúde.

“Hoje o sistema de saúde de Porto Velho está em colapso. Os leitos de internação da prefeitura e do Governo do Estado estão ocupados. Provavelmente é essa mutação do vírus que apareceu no Amazonas, até por fazermos fronteira com o Amazonas. Nós não temos a confirmação científica, mas há a probabilidade e os sintomas. Hoje há um agravamento muito rápido da doença. Aquele agravamento que meses atrás levava uma semana, dez dias, hoje acontece em três, quatro dias”.

Ainda de acordo com o prefeito, o Call Center da prefeitura, que realiza a triagem dos pacientes com sintomas da Covid-19 e encaminha para o atendimento nas unidades de saúde, está realizando cerca de mil encaminhamentos diários e também não está dando conta de atender todos.

A solução apresentada foi a conscientização dos moradores. “A população tem que entender a gravidade da situação. A pandemia não acabou. Pelo contrário, está matando muito mais rapidamente”.

Porto Velho regista 46.892 casos diagnosticados de Covid-19 e 1.020 até a última sexta (22).

Leitos de UTI em Rondônia

Rondônia tem 228 leitos de UTI específicos para pacientes com Covid-19 em todo o estado. Na última sexta-feira (22), apenas 11 estavam disponíveis, sendo todos no interior, segundo informações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).

Porto Velho tem 128 leitos de UTI na rede pública, o equivalente a 56% do total, distribuídos em seis hospitais. Essas unidades de saúde atendem não apenas os moradores da capital, que representa cerca de 30% da população do estado, como pacientes de municípios do interior que não têm estrutura para internação e do sul do Amazonas que fazem fronteira com o estado, como: Humaitá, Lábrea e Apuí.

Segundo o Governo de Rondônia, um dos desafios para ampliar o número de leitos em todo o estado é a falta de profissionais da saúde. Onze leitos estão montados no Hospital de Campanha (o antigo Regina Pacis) e outra dez estão prontos no Hospital de Campanha da Zona Leste, mas não podem receber pacientes por falta de médicos.

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