O governo do Amazonas informou que a crise por falta de oxigênio que atinge o estado pode se espalhar pelo país. O governador Wilson Lima e o secretário de saúde do Estado, Marcellus Campêlo, disseram que a crise também deve ser administrada pela governo federal.
“Vai ter que ter uma força nacional, uma estratégia nacional, porque eu alerto, e alertei hoje na reunião do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, o Conas: aqui é só o começo. Isso vai se alastrar para o Brasil, e a crise de oxigênio tem que ser uma estratégia nacional.”, disse Marcellus em coletiva de imprensa nesta quarta (27).
“Há um crescimento de oxigênio variável, de 2% ao dia. Portanto, precisamos do apoio do Governo Federal e continuar com estratégias de manter o que está tendo e buscar todas as formas alternativas”, acrescentou o secretário.
Devido ao aumento acelerado dos casos, a rede de saúde colapsou. A empresa White Martins, principal fornecedora de oxigênio ao Estado, não consegue suprir a demanda pelo insumo que triplicou no mês de janeiro.
Para o governo a nova variante detectada no Amazonas pode ser a responsável pelo rápido aumento de casos e de reinfecções.
A preocupação continua já que os casos no interior do estado estão aumentando e apenas Manaus tem leitos de UTI. “Há aumento de casos em várias macrorregiões. O pico está vertical. [Levar os cilindros para o interior] é uma logística quase insana. Levamos de madrugada, de noite, de voo, de lancha”, disse Campêlo.
Atualmente, o Amazonas tem 500 pessoas na fila de espera por leitos. “Manaus ainda não tem condições de produzir oxigênio na quantidade que precisamos. A principal empresa ainda não tem condições de nos fazer este abastecimento. Por isso, continuamos dependendo de cargas extras que estão vindo da Venezuela, do Nordeste, de empresas que fizeram doações, de compras que foram feitas pelo Governo Federal, de carretas que inclusive vieram pela BR-319”, explicou Wilson.
(Portal do Holanda)