Em maio deste ano o Governo de Rondônia comprou, emergencialmente, 100 mil kits de testes de detecção do novo coronavírus de uma empresa paulista, em uma transação tumultuada, apressada e altamente suspeita, revelada pelo blog Nahoraonline e PAINEL POLÍTICO.
A empresa, Buyer BR, chegou a ser alvo de operações no Ceará e em São Paulo, por não ter capacidade financeira de promover vendas de valores tão altos. Até a sede da empresa era uma espécie de ‘puxadinho’. Mesmo assim, o governo de Rondônia adquiriu os produtos, que posteriormente descobriu-se, não tinham sequer registro na Anvisa.
Após uma longa espera e graças a uma jogada política populista, a Anvisa liberou um registro provisório dos testes que apresentavam falso negativo, conforme registrado por várias pessoas, inclusive o prefeito de Ouro Preto do Oeste, que denunciou publicamente o problema.
O BLOG DO PAINEL obteve neste sábado um laudo da ANVISA que revela a ineficácia dos testes comprados pelo governo de Rondônia e produzidos pela empresa chinesa Hangzhou Realy Tech CO. Os produtos são irregulares e proibidos pela ANVISA de serem armazenados, comercializados, distribuídos e utilizados.
Bom lembrar que o governo fez uma compra tão mal feita, que foi disponibilizado um avião do Corpo de Bombeiros para buscar o estoque que estava preso em São Paulo por falta de registro.
Tudo isso foi pago com recursos públicos.
Também é válido recordar que o governador, à época, classificou as notícias como ‘mentirosas’, que ‘a imprensa quer ver a desgraça’, e outras asneiras na tentativa de minimizar o escandaloso e altamente suspeito negócio, feito de forma atabalhoada e que só serviu para jogar dinheiro no lixo e contaminar a população, devido aos resultados de ‘ falso negativo’ apresentados pelos testes vagabundos comprados na China e vendidos por uma empresa cuja representante mantém estreitas relações com alguns políticos.
Seria importante também descobrir quem foi o responsável na ANVISA que autorizou a liberação desses testes para uso em Rondônia.