A Polícia Civil informou nesta segunda-feira (30) que investiga a identidade de pelo menos dois suspeitos que assaltaram e fizeram três indígenas Uru-Eu-Wau-Wau reféns na última semana em uma estrada de Cacaulândia (RO). A caminhonete das vítimas foi roubada. Até o momento, ninguém foi preso.
O crime ocorreu na noite de 26 de novembro e os indígenas, de 20, 45 e 81 anos, ficaram sob a mira dos bandidos por cerca de 12 horas.
Uma das vítimas e o mais jovem, Bitaté Uru-Eu-Wau-Wau, relatou à polícia que, naquela noite, o trio indígena estava saindo do município de Monte Negro para a aldeia quando foi surpreendido por dois suspeitos encapuzados e armados em uma motocicleta.
“Pediram para a gente parar, fiz todo o procedimento, não reagi. Prezei pela segurança do cacique que estava comigo, do filho dele. A minha segurança também”, contou ao G1.
Os bandidos, então, renderam os indígenas. Um deles, conforme o boletim de ocorrência, fez Bitaté dirigir até a ponte do rio Canaã, sentido Cacaulândia. As vítimas permaneceram rendidas sob ameaça até às 4h de sexta-feira (27), quando os criminosos fugiram com o veículo.
Depois de serem liberados, os indígenas pediram socorro a um morador da região e chamaram a polícia. Todos passam bem.
Um drone, uma carrocinha e uma roçadeira estão entre os equipamentos que estavam dentro do veículo recentemente roubado.
Segundo a Kanindé, a caminhonete foi doada ao povo Uru-Eu-Wau-Wau pela associação etnoambiental no final de setembro deste ano. O automóvel servia, por exemplo, para retirada de pacientes, fazer monitoramento, transportar produção e outras funções referentes a transporte.
O caso foi registrado na Polícia Militar (PM) como roubo e sequestro. Nenhum dos suspeitos envolvidos no crime foram localizados ou presos até a última atualização desta reportagem. A caminhonete e os equipamentos também não foram recuperados.
Por hora, o caso segue sendo apurado na Delegacia de Patrimônio de Ariquemes (RO). Para quem tiver informações que ajudem nas investigações da instituição pode entrar em contato pelo canal 197 do disque-denúncia. A ligação é gratuita e não há necessidade de identificação.