O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o plano de auxílio emergencial e estado de calamidade pública se encerram em dezembro e descrendencia qualquer informação nesse sentido.
“Essa articulação pela prorrogação do auxílio não existe”, disse.
A declaração acontece após o site da revista Veja informar que Guedes tem adotado um novo lema nas últimas semanas: “dinheiro na veia”, em vez de seguir na defesa irrestrita das reformas.
Segundo a reportagem, essa é a forma de Guedes falar para parlamentares e outros ministros que o que importa agora é manter a renda da população por meio de programas assistenciais, como o auxílio emergencial e o Renda Cidadã — o substituto do Bolsa Família. A ordem teria vindo de Jair Bolsonaro, diz o texto.
De acordo com a revista, o presidente não acredita mais haver tempo hábil para votar qualquer reforma este ano e, para não deixar desassistidos 38 milhões de brasileiros, quer uma solução imediata para manter a renda da população.
Agora, sem alternativas, o governo vai tentar estender o auxílio emergencial até março de 2021 — inicialmente —, mas, caso o país não tenha se recolocado nos trilhos do crescimento, pode ir até junho do próximo ano, diz a revista.
Segundo a reportagem, Bolsonaro teria deixado extremamente claro para a equipe econômica este ponto: se a renda cair abruptamente, governo continuará amparando o grupo de pessoas que responde pela maior parte de sua popularidade.