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Vilhena: 60 animais silvestres já foram resgatados de queimadas na região


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Devolução de uma cobra peçonhenta ao seu habitat natural (Foto: Divulgação)

Todos os anos, por conta da ação humana, centenas de animais perdem suas casas e suas vidas em incêndios de pequenas, médias e grandes proporções. Em Vilhena, até o último mês de 2020, foram registrados aproximadamente 10 processos por queimadas ilegais produzidos. Outros 76 relatórios de vistorias também estavam em andamento. Durante os meses de agosto e setembro, a pratica de incêndios é intensificada, assim como os trabalhos de prevenção.

Dentro desse trabalho de prevenção, está também o de proteção à fauna atingida pelas chamas. Segundo o assessor da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, José Thiago Baldine, uma média de 60 animais já foram resgatados. Ele explicou que em 2019, com o começo dos trabalhos, a atividade foi um pouco menos intensificada. Porém, em 2020, após uma parceria com o Corpo de Bombeiros, as ocorrências cresceram visivelmente.

Essa parceria surgiu ainda em 2019, mas foi implantada de fato esse ano. “Vimos que seria uma atividade extremamente interessante para eles [Corpo de Bombeiros] também. Porque a gente dá uma desafogada no Batalhão, como já aconteceu algumas vezes de eles precisarem atender uma ocorrência do Corpo de Bombeiros e aparecer um resgate animal. E nós fomos realizar o resgate, então está sendo ótimo”, comentou Thiago.

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OS RESGATES

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Assim que começaram o trabalho de resgate, a equipe ia imediatamente quando recebia a informação de um foco de incêndio para ajudar no resgate dos animais silvestres atingidos. Thiago frisou que os bichos capturados em queimadas são soltos imediatamente em outro ambiente que esteja propício para abrigá-lo.

Para os animais que acabam feridos pelas chamas, a Secretaria recebe a ajuda de veterinários na cidade que auxiliam no cuidado e tratamento deles até que estejam prontos para voltarem ao seu habitat natural.

“É importante frisar que essas atividades ligadas à fauna servem sempre para tentar minimizar o impacto causado por nós mesmos, pelo ser humano. Seja por fragmentação de mata ou por queimadas, porque acontece os dois aqui na cidade”, afirmou Thiago.

A FAUNA E SUA IMPORTÂNCIA

Entre os muitos prejuízos causados pelo incêndio está a destruição de espaços importantes para a boa manutenção ambiental e até mesmo o controle de pragas sem necessitar da interferência humana. Thiago relatou em detalhes como os animais são importantes para um bom funcionamento da cadeia alimentar.

Gambá sendo devolvido à Natureza (Foto: Divulgação)

“Nós temos um problema grave com caramujos, entre outros problemas com fauna natural nociva. Mas, nesse caso específico começa a chover e esses bichos aparecem. E os caramujos são transmissores de zoonoses (que é como chamamos as doenças que passam para o ser humano). Então, por exemplo, o gambá: ele é um animal que está em um ambiente de mata, e está associado à gente também. Toda vez que você coloca fogo em um ambiente de mata, nós estamos matando esse gambá ou fazendo ele perder o habitat dele. Esse bicho, [porque todo animal tem sua importância na cadeia alimentar], quando a gente põe fogo e ele deixa de existir por conta disso, ele é um predador em potencial do caramujo. Ele vai deixar de comer esse caramujo que vai te trazer doenças mais tarde”, o assessor explicou.

Outros animais citados por Thiago são os anfíbios. Segundo o assessor formado em Ciências Biológicas, um animal dessa categoria pode se alimentar de até 1.000 insetos durante uma noite. “A gente tem problemas com a dengue em Vilhena. Então se as pessoas soubessem da importância desses anfíbios, deixariam de jogar sal ou colocar fogo nesses animais. Pois esses animais, quando espantados ou eliminados, deixam de comer insetos (por exemplo mosquitos da dengue, larvas, filhotes ou até pernilongos adultos)”.

DENÚNCIAS

“Em 2019, quando eu cheguei aqui na Secretaria, iniciamos esse trabalho de resgate que era feito especificamente pelo Corpo de Bombeiros, e disponibilizamos alguns canais de atendimento. Vale lembrar que os órgãos Federais e Estaduais, como IBAMA e a SEDAM deveriam fazer esse trabalho, mas talvez por falta de recursos acabam não realizando a devida fiscalização e resgate”, comentou Thiago.

Para denunciar terrenos baldios com sujeira, acúmulo de lixo, entre outras situações semelhantes, a Secretaria Municipal de Planejamento disponibiliza o telefone (69) 3321- 4084. Quando houver foco de incêndio, o correto será ligar diretamente para o Corpo de Bombeiros, por meio do telefone 193, e chamar socorro. “O Corpo de Bombeiros vai nos repassar essa denúncia depois, para que as fiscais possam ir até o local, medindo o terreno e lavrando o auto de infração”.

Atualmente também há disponível o aplicativo Guardiões da Amazônia. O sistema online identifica focos de incêndio, denúncias, e similares. Para ter o app, basta acessar o Play Store e fazer o download.

“Mesmo com todo esse trabalho, ainda temos esse grande número de queimadas em Rondônia, no Mato Grosso… ainda assim, vamos continuar tentando. E só com a ajuda da população vamos conseguir vencer. Viu alguém jogando lixo no mato, no quintal do vizinho, colocando fogo em algum lugar, tem que denunciar. Tem que fazer a denúncia, porque só assim vamos conseguir acabar com isso”.

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